10 Estados:Criadores propõem interromper vacinação contra aftosa a partir de 2023

Plano proposto pelo Bloco IV prevê medidas sanitárias com o objetivo de obter o status de zona livre da aftosa sem vacinação.

Foto: Seapec/ Fotos Públicas
Foto: Seapec/ Fotos Públicas

 

Criadores de gado da Bahia e de mais oito estados e do Distrito Federal decidiram propor a suspensão da vacinação contra a febre aftosa. O grupo, intitulado Bloco IV, enviou a proposta – definida de forma unânime – para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Se aprovada, a medida será implementada a partir de 2023 nos 10 estados da divisa sanitária. A última aplicação ocorreria em novembro de 22.

Presidido por Humberto Miranda, que também dirige a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), o Bloco IV pretende focar no estabelecimento de critérios técnicos e sanitários rigorosos visando alcançar o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação. O Brasil e a divisa sanitária têm o status de zona livre com vacinação.

“Seguiremos em bloco, com aplicação da última vacina em novembro de 2022, para iniciarmos 2023 com um plano sanitário seguro, o que passa pela união de educação sanitária e comunicação; pelo controle de trânsito de animais; reforço nas barreiras sanitárias; e investimento em recursos humanos, com a formação de um corpo técnico qualificado para atuar na fiscalização”, afirmou Humberto Miranda. “Só assim a vacina será extinguida, proporcionando segurança aos pecuaristas e a toda população, de forma a desonerar os custos do criador e do consumidor”.

O bloco IV já realizou quatro encontros para debater o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), promovido pelo Mapa e que reúne instituições públicas e privadas ligadas ao setor agropecuário. O grupo reúne 130 milhões de cabeça de gado, detendo mais de 60% do rebanho brasileiro de bovinos e bubalinos. É composto ainda pelos estados de Sergipe, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins.

Fonte: Bahia-BA

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