Fortuna de operador do PSDB é maior que o bunker de Geddel, diz procurador da Lava Jato

Foto: Estadão

Roberson Pozzobon, da força-tarefa do Ministério Público Federal do Paraná, revela que R$ 100 milhões de Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa preso nesta terça, 19, na fase 60 da operação, estavam acondicionados em um apartamento em São Paulo

O procurador da República Roberson Pozzobon, da força-tarefa da Operação Lava Jato, afirmou nesta terça-feira, 19, que o ‘bunker’ da fortuna do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, operador do PSDB, corresponde ao dobro do tamanho e da riqueza do ‘bunker’ do ex-ministro Geddel Vieira Lima (Governo Temer). Em setembro de 2017, a Polícia Federal encontrou R$ 51 milhões em notas de R$ 100 e R$ 50 e em dólares em caixas e malas em um apartamento usado por Geddel, em Salvador. O local ficou afamado como o ‘bunker’ de Geddel, que está preso desde setembro de 2017. Paulo Vieira detém um tesouro que supera a casa dos R$ 100 milhões, diz a Operação Ad Infinitum, fase 60 da Lava Jato deflagrada nesta terça, 19. Ele foi preso preventivamente, por ordem da juíza federal Gabriela Hardt. “Paulo Preto possuía um grande volume de recursos em espécie no Brasil. Segundo Adir Assad relatou, ele pretendia remeter esses valores ao exterior e fez isso com essa operação casada para a Odebrecht”, afirmou o procurador Pozzobon. Ele se impressiona com tanto dinheiro. “Adir Assad revelou que Paulo Preto possuía entre cerca de R$ 100 milhões e R$ 110 milhões no brasil, em espécie, em notas. Imagem o volume desse dinheiro. É muito volume.” Pozzobon destacou que a dinheirama estava acondicionada em dois endereços. “Estava acondicionado em uma residência em São Paulo e também num apartamento que, segundo revelado por Adir Assad, era local onde Paulo Preto tinha um bunker para guardar as propinas. Nos remete aqui o bunker conhecido como bunker de Geddel, da família Geddel, foi alvo de uma fotografia e escandalizou a população brasileira muito recentemente. Se formos levar em consideração, talvez o bunker de Paulo Preto tivesse o dobro do dinheiro do bunker de Geddel.”

Estadão

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