Há um ano, ex-presidente Lula era preso pela Operação Lava Jato

Prisão foi decretada pelo ex-juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro

Foto: Filipe Araujo /Fotos Públicas
Foto: Filipe Araujo /Fotos Públicas

 

Há exatos 365 dias o ex-presidente Lula era preso e encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde começou a cumprir a pena de 12 anos e um mês no caso do tríplex no Guarajá (SP). No dia de sua prisão, 7 de abril de 2018, Lula foi carregado nos braços de uma multidão, que tentou impedir o cumprimento de sua prisão.

A prisão foi decretada pelo ex-juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e a condenação definida em 2ª Instância

Ao longo de um ano, Lula deixou o prédio da PF apenas para prestar depoimento e acompanhar o velório do neto. Ao todo, ele é réu em oito ações.

Prende, solta

Um dia após o ex-presidente completar três meses de prisão, o desembargador plantonista do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Rogério Fraveto, protagonizou um dos maiores impasses jurídicos em torno da prisão do petista.

Na manhã do dia 8 de julho, Favreto assinou um despacho que determinava que o Lula deveria ser solto ainda naquele domingo, “em regime de urgência” e chegou a dispensar a realização do exame de corpo de delito.

No entanto, o então juiz Moro , mesmo de férias, emitiu um despacho se negando a cumprir a decisão. Favreto insistiu que seu despacho deveria ser cumprido imediatamente, mas foi rebatido pelo desembargador João Pedro Gebran Neto, responsável pela relatoria dos casos da Lava Jato no TRF-4.

O desembargador plantonista, por sua vez, afirmou que não era subordinado a Gebran e manteve sua decisão, até que o presidente do tribunal, Thompson Flores, manifestou-se e manteve Lula preso.

Toda a confusão gerou um processo de investigação contra Favreto, mas o caso foi arquivado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso.

Saídas

O petista saiu da sede da PF em duas ocasiões: 14 de novembro de 2018, para depor na sede da Justiça Federal de Curitiba no âmbito do processo do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP); e no dia 2 de março de 2019, para comparecer a velório do neto Arthur Lula da Silva, de 7 anos, vítima de sepse (infecção generalizada) originada pela bactéria Staphylococcus aureus.

Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na Lava Jato. O ex-presidente teria recebido R$ 3,7 milhões em propina da construtora OAS, por meio de 1 apartamento tríplex no Guarujá e de armazenamento de bens.

Em troca, o petista teria favorecido a empreiteira em contratos com a Petrobras durante seu governo. Ele nega as acusações.

Para este domingo, diversas manifestações foram marcadas em várias cidades do país, inclusive na sede da Superintendência da PF.

Fonte:Bahia.ba

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