Grupo de João Doria quer ‘faxina ética’ no PSDB

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB)

Maior liderança tucana hoje, o governador de São Paulo, João Doria, disse que o PSDB encomendou uma pesquisa para avaliar entre outras coisas a possibilidade de uma mudança no nome do partido. Além disso, aliados do governador planejam promover o que chamam de “faxina ética” na agremiação após a convenção nacional da sigla, que está marcada para junho. Após o fiasco dos tucanos nas eleições de 2018, quando o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin recebeu a pior votação de um candidato presidencial do partido e a bancada da Câmara encolheu pela metade, a atual direção executiva deve ser quase toda substituída por aliados de Doria. O plano de reestruturar a sigla foi antecipado semana passada pela Coluna do Estadão. “Nós vamos estudar. Defendo que façamos uma pesquisa a partir de junho. Já está previsto, inclusive. E que esta ampla pesquisa nacional avalie também o próprio nome do PSDB”, disse Doria, neste domingo, 14, depois de participar da convenção municipal do PSDB de São Paulo. “Melhor do que o achismo e o personalismo é a pesquisa, ela representa a convicção daquilo que emana da opinião pública”, justificou o governador. A ousadia divide opiniões no partido. “Em relação a nome, não vejo como uma prioridade. O nome não é imutável, mas é uma questão acessória”, disse o ex-governador Geraldo Alckmin, presidente nacional do PSDB. Em conversas reservadas o governador tem defendido a tese de que o partido deve adotar uma rigorosa linha ética de corte. Estão na mira o ex-governador do Paraná, Beto Richa, que foi preso em uma operação do Ministério Público do Paraná (MP-PR) que investiga desvio de recursos que deveriam ser usados na construção de escolas, o ex-governador Eduardo Azeredo, preso por desvio de recursos de estatais mineiras, e o deputado federal Aécio Neves, réu por corrupção no Superior Tribunal Federal (STF).

Estadão

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