Paulo Preto deu R$ 740 mil a grupo ligado ao PCC por obra no Rodoanel
Ex-diretor da Dersa é apontado como operador de propinas do PSDB durante o governo José Serra
Segundo a publicação, os fatos são apontados em investigação iniciada no Ministério Público de São Paulo (MP-SP), em 2016, e nunca inteiramente concluída.
Paulo Preto, como é conhecido o ex-diretor, é apontado como operador de propinas do PSDB durante o governo José Serra (PSDB-SP), em São Paulo (2007-2010). O advogado de Paulo Vieira de Souza, Alessandro Silvério, não quis comentar o assunto com a reportagem.
De acordo com os autos do processo que correu no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), pelo menos 37 pessoas ligadas à criminalidade na região do Jardim São Francisco e do Jardim Oratório, na zona Sul de São Paulo, e da Vila Iracema, em Barueri, na região metropolitana da capital, foram indenizadas indevidamente. As irregularidades teriam ocorrido em meio a desapropriações para as obras do trecho Sul do Rodoanel Mário Covas e prolongamento da avenida Jacu-Pêssego. A obra foi entregue em 2010.
Destes 37, 13 possuem passagem pela cadeia por crimes como homicídio, tráfico de drogas e roubo, entre outros. Ao menos um preso entrou na lista das indenizações enquanto estava na cadeia, e outro foi indenizado mesmo sendo foragido da Justiça. Nenhum deles teria direito aos cerca de R$ 20 mil que receberam cada, em um total de R$ 740 mil, em valores atualizados, de acordo com investigações feitas na época pelo promotor Cássio Roberto Conserino.
Ainda de acordo com o Uol, a quadrilha na região seria liderada pelos traficantes Gilson, conhecido como Boca, e Rubão, conhecido como Pernambuco. A investigação do MP-SP não aprofundou a apuração para chegar ao nome real dos dois, mas identificou os outros 35.
Fonte: Metro 1