Atenção Mulher: Conheça a história de cinco bolsas icônicas da moda
A cada nova temporada, as marcas de luxo apresentam inúmeras opções de bolsas. Entre alguns modelos novos, aparecem versões reeditadas de itens clássicos.
Durante os anos de 1990 e 2000, o termo it bag foi muito usado para se referir àquelas que vendiam muito e se tornavam febre no meio fashion. Algumas, lançadas antes mesmo desse período, tornaram-se atemporais. Um bom exemplo é a 2.55, da Chanel, que ganhou uma versão reeditada por Karl Lagerfeld, mas ainda mantém o design original.
Por isso, separei cinco bolsas entre os modelos mais icônicos da moda. São peças de marcas como Fendi, Hermès, Louis Vuitton e Dior. Clássicas, elegantes e sofisticadas, cada uma carrega doses da herança de cada maison.
Vem comigo conferir!
Baguette, da Fendi
A bolsa criada em 1997 era uma das favoritas da personagem Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker) na série de TV Sex and The City. A ideia foi de Silvia Venturini Fendi, neta da fundadora da marca, Adele Fendi, e atual diretora criativa das linhas masculina e de acessórios. Seu desejo era desenvolver um modelo prático e espaçoso.
O nome Baguette é inspirado em um pão alongado que é carregado debaixo do braço, na França. Um de seus detalhes marcantes é o fecho metálico com o FF da marca. O modelo foi reeditado em diferentes coleções, ganhando novos tamanhos, materiais, estampas e texturas – no entanto, sempre manteve o formato retangular.
Depois de relançá-la na coleção primavera/verão 2019, a grife investiu em novas versões da bolsa para o outono/inverno 2019/2020. A temporada traz logomania, detalhes em alto-relevo, bordados e, até, uma versão pochete.
Em 1995, a princesa Diana ganhou uma bolsa de presente da então primeira-dama da França, Bernadette Chirac, ao visitar Paris. Em seguida, foi fotografada com o gift em diversos momentos. Isso fez o modelo, até então chamado Chouchou, ser rebatizado como Lady Dior, tornando-se um clássico da marca francesa. Além da Princesa de Gales, várias outras celebridades adotaram o item da Dior.
O modelo foi lançado em 1994, sob direção criativa de Gianfranco Ferré, e tem berloques metálicos com as letras que formam o nome da grife. A costura matelassê do couro de cordeiro, nas versões mais clássicas, é inspirada no cannage, uma técnica utilizada na trama das cadeiras Napoleão III – nas quais os convidados se sentaram para assistir ao desfile de estreia da etiqueta, em 1947. As maiores variações ao longo do ano foram nas cores, aplicações, texturas e tamanhos.
Maria Grazia Chiuri, diretora criativa da Dior desde 2016, criou o projeto Lady Dior Art. Com a iniciativa, a label convida artistas ao redor do mundo para criarem a própria versão da bolsa. A terceira edição, em dezembro do ano passado, teve 11 colaborações com designers mulheres.
2.55, da Chanel
Esta não foi a primeira, mas é a bolsa mais icônica da Chanel. Lançada em fevereiro de 1955, foi batizada com os números da data. O modelo inovou ao acrescentar alças de corrente nas tradicionais clutches utilizadas pelas mulheres da época. A ideia veio das pastas usadas pelos carteiros, além de ser uma forma de descansar as mãos. Há rumores de que um bolso interno com zíper foi criado para guardar cartas de amor de Coco Chanel.
Ao assumir a direção criativa da grife, em 1983, Karl Lagerfeld lançou nada menos que 30 novas versões da 2.55. Entre elas, as mais famosas são a Classic Flap, com as letras “CC” no fecho e couro entrelaçado nas correntes. No entanto, as correntes da versão tradicional da 2.55 ainda são feitas somente de metal. O fecho retangular se chama Mademoiselle.
Cada modelo passa pelas mãos de até 15 artesãos. O couro passa por testes de temperatura e umidade, o que leva várias horas do tempo de fabricação. Um de seus detalhes mais marcantes e clássicos é o matelassê.
Speedy, da Louis Vuitton
Esta foi a primeira bolsa de mão da Louis Vuitton, lançada na década 1930. Originalmente, chamava-se Express. Queridinha de Audrey Hepburn nos anos 1960, ela é uma versão menor das tradicionais Keepall, malas de luxo da marca. A atriz, inclusive, pediu uma versão com 25 centímetros, cinco a menos que o tamanho convencional. Hoje, há também versões com 35 e 40 centímetros.
Além do monograma icônico da LV, outras estampas tradicionais desse modelo são as quadriculadas Damier Ebene (xadrez marrom) e Damier Azure (xadrez branco e cinza). Mesmo com a alça curta para ser usada nas mãos, ela pode ser pendurada no ombro com uma alça maior. O formato lembra as bolsas que os médicos usavam no século passado.
Assim como as outras it bags, a Speedy ganhou várias versões, estampas e colaborações ao longo dos anos. Uma delas, desenvolvida por Marc Jacobs em 2010, foi inspirada na diretora de cinema Sofia Coppola. Artes de Yayoi Kusama e Claude Monet também estamparam o modelo icônico.
Kelly, da Hermès
Depois de ganhar um protótipo em 1892, o modelo conhecido como Kelly foi criado em 1935 e ficou conhecido com o nome Sac à Dépêches. A fama internacional veio graças à atriz Grace Kelly. Durante a filmagem de Ladrão de Casaca (1955), de Alfred Hitchcock, ela conheceu o item e se apaixonou.
A estrela de Hollywood eternizou a peça quando a usou para esconder a barriga de grávida dos paparazzi, no ano de 1956. A foto foi parar na capa da revista Life. Em 1977, a bolsa foi rebatizada como Kelly.
O visual clean e discreto deste modelo faz dele uma opção clássica e elegante, mas contemporânea ainda assim. O processo de fabricação pode levar mais de 18 horas, já que passa pelas mãos de um único artesão. A Kelly é uma das bolsas mais populares da marca, junto a Birkin, que tem um ar mais despojado.
Colaborou Hebert Madeira
Fonte: Metrópoles