Em carta, Léo Pinheiro nega ter mentido para incriminar Lula
Ex-presidente da OAS se posicionou depois de reportagem ter mostrado que ele foi tratado com desconfiança pelos procuradores da Lava Jato enquanto colaborou com as investigações
Por Juliana Almirante
O ex-executivo da construtora OAS, Léo Pinheiro, reafirmou, em carta à Folha de S. Paulo publicada hoje (4), as acusações que fez contra o ex-presidente Lula no caso do tríplex de Guarujá (SP).
Ele diz que todas as acusações foram endossadas por provas e rechaça a possibilidade de ter adaptado suas declarações para que seu acordo de delação premiada fosse aceito pela Lava Jato.
“Afirmo categoricamente que nunca mudei ou criei versão, e nunca fui ameaçado ou pressionado pela Polícia Federal ou Ministério Público Federal”, diz.
“A minha opção pela colaboração premiada se deu em meados de 2016, quando estava em liberdade e não preso pela Operação Lava Jato. Assim, não optei pela delação por pressão das autoridades, mas sim como uma forma de passar a limpo erros”, completa o ex-executivo.
Pinheiro declara ainda que seu “compromisso com a verdade é irrestrito e total”. “Não sou mentiroso nem vítima de coação alguma”, sustenta. “A credibilidade do meu relato deve ser avaliada no contexto de testemunhos e documentos”, afirma, em outro trecho da carta.
O ex-presidente da OAS se posicionou depois de reportagem da Folha, no último domingo (30), produzida a partir de análise de mensagens obtidas pelo site The Intercept Brasil, ter mostrado que o empreiteiro foi tratado com desconfiança pelos procuradores da força tarefa Lava Jato enquanto colaborou com as investigações.
Fonte: Metro 1
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