Filho de Cássia Éller diz que não vai levantar bandeira gay: ‘Não é meu papel’
Chico Chico manifestou total apoio à causa, mas diz não se sentir pertencente enquanto “homem branco da Zona Sul do Rio, heterossexual”
A semelhança impressiona: no sorriso, no jeito e na voz. Chico Chico, como é conhecido o filho único de Cássia Éller e Maria Eugênia, aos poucos constrói uma carreira sólida longe da sombra de um das suas mães, falecida em 2001.
Em entrevista ao canal “Papo de Música”, no YouTube, o jovem de 25 anos falou sobre a cobrança para que ele levante a bandeira LGBTQI+ e admite: “Não é o meu papel”.
Não é o meu papel, enquanto homem branco da Zona Sul do Rio de Janeiro, heterossexual, carregar a bandeira LGBT. Não faria sentido isso. Sou fruto de um casal LGBT que elas, sim, sem levantar bandeiras, e por opção pessoal delas mesmas, representam uma coisa gigante que eu me orgulho muito. Quer dizer que a gente é uma família, que esse amor existe”, explicou Chico Chico.
“Não tenho pretensão de carregar bandeira, até porque não faria sentido. Sou uma pessoa pra dar apoio, e apoio toda a forma de luta nesse sentido”, completou.
Tímido como Cássia, ele não se acostuma em dar entrevistas: “Não me interessa ficar falando muito de mim. O meu trabalho não é esse. É legal, eu gosto de ver, de fazer, não”.
Em 2016, Chico Chico lançou um álbum com a banda 2×0 Vargem Alta, no qual mostra sua versatilidade e capacidade vocal em faixas que vão do blues ao baião. Com o tempo, precisou tomar a decisão de abandonar o curso de Geografia na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói: “A música estava me chamando […] Hoje é ela que paga as contas”.
Além do álbum, no YouTube é possível encontrar vários vídeos – uns amadores, outros mais profissionais – do artista em outras parcerias. Em março deste ano, junto o João Mantuano, o cantor produziu o projeto acústico RAYZ.
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