Expressões “safadas” podem aumentar o prazer no sexo. Saiba como usar
Especialista dá dicas de como apostar no vocabulário para aumentar a temperatura na hora da transa
Segundo a máxima popular, mais importante que o que falar é como falar. Se a premissa vale para praticamente qualquer situação, no sexo as expressões que usamos e como as reproduzimos são determinantes: podem tanto apimentar a transa quanto quebrar o clima. A questão é: como evitar a segunda situação?
Para o sexólogo e psicoterapeuta André Almeida, tudo é questão de diálogo. “Quando há intimidade na relação é possível perguntar abertamente sobre as preferências sexuais do parceiro(a), inclusive se tratando de dirty talk”, explica.
Já quando a transa é casual e não sobra muito tempo para apresentações, vale ponderar alguns termos que podem ofender a pessoa. “Em vez de chamar a parceira de ‘safada’, por exemplo, pode-se elogiar o corpo dela, dizer o que gostaria que ela fizesse. O mesmo funciona para os homens.”
O que excita
A rede social adulta Sexlog ouviu 550 usuárias sobre o tema e descobriu que 84% delas adoram ouvir palavras realmente “sacanas” entre quatro paredes – incluindo alguns xingamentos –, enquanto 16% preferem receber elogios e declarações românticas. Apenas 10% das participantes afirmaram gostar de sexo em silêncio.
Outro estudo, do jornal britânico Daily Star, focado no público masculino, revelou que eles também adoram um diálogo picante.
Para 30% dos participantes, ouvir algo como “vamos mais forte” aumenta o tesão. Logo em seguida na preferência, com 27%, estão expressões que soam como “eu quero você agora”; outros 23% revelaram gostar de ouvir “estou sentindo você bem forte”. Por fim, eles também apreciam elogios sobre o tamanho do pênis e outras partes do corpo.
Falar com jeitinho
E se a timidez bater? Enquanto falar sacanagem na hora H é bastante apreciado por homens e mulheres, um comportamento silencioso pode ser interpretado como falta de empolgação. Mas sem neuras, para tudo há solução.
“Além da combinação das palavras, a forma como elas são ditas e o estado de espírito da pessoa têm muita influência em como aquela comunicação será recebida”, comenta o especialista.
A orientação mais importante é: “aja naturalmente”. Afinal, não adianta nada seguir um repertório com o qual você não se identifica. Lembre-se: “como” é mais importante que “o quê”.
Romance?
Frases que parecem inocentes, como “adoro a sensação da sua boca na minha pele”, podem ser o suficiente para despertar a imaginação do parceiro(a). Se ainda assim as palavras sumirem no calor da emoção, utilize os sentidos: gemer e sussurrar algo no ouvido, por exemplo, pode ser incrivelmente estimulante.
Quer apostar no romance? Sem problemas também. “É importante entender se a declaração vale para o contexto e se aquilo seria excitante para o momento. Em ambientes propícios, o ‘eu te amo’ tem o seu valor”, esclarece Almeida.
Diga o que quer e como está se sentindo
Uma forma de elevar o sexo para outro nível é dizer o que deseja. Além de praticar o glossário indecente, a iniciativa ajuda o outro a entender como proporcionar prazer, para que ambos cheguem ao orgasmo. A dica é expor como quer ser tocado, em que intensidade ou um fetiche que pensa em realizar.
Se os envolvidos curtirem o clima de dominação, ordenar pode ser ainda mais interessante – tanto para quem manda quanto para quem obedece. Narrar o seu ponto de vista da cena e revelar como seu corpo está reagindo ao estímulo sexual também pode levar o parceiro à loucura.
E o tapinha? Dói?
Se ambos estiverem com vontade, se o gesto não machucar e a intenção for cobrir o outro com carícias logo em seguida, os tapinhas não vão doer. Pelo contrário, podem ser um fetiche poderoso. O cuidado, aqui, é na dose e no respeito. “Considere as vivências e construções sociais do outro e tenha cautela ao reproduzir comportamentos com vieses pornográficos.”
Dúvidas esclarecidas? É falar para gozar e ser feliz.
Fonte: Metrópoles