‘Relação de Bolsonaro e Moro não deve durar muito’, avalia Daniel Almeida
Deputado disse que muitos consideram que o presidente pode se sentir ameaçado pelo ministro nas eleições de 2020
Por Adelia Felix
Líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, o deputado federal Daniel Almeida avaliou, em entrevista à Rádio Metrópole, nesta quinta-feira (22), que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não deveria tentar a reeleição em 2022. Além disso, parlamentar considerou que o ministro da Justiça Sergio Moro tem sido apontado como um possível empecilho para o chefe de Estado caso queira continuar no comando da nação.
“O Bolsonaro não consegue sustentar a noite o que ele disse pela manhã. Ele diz uma coisa quando acorda e logo depois diz o contrário. Ele falou que jamais iria para reeleição e todos os movimento que se verifica hoje é que ele só pensa nisso. Alguns avaliam que ele começa a ter um distanciamento ou uma diferenciação com Moro porque vê o Moro como uma sombra que pode vir a disputar a eleição”, disse durante o Jornal da Cidade – II Edição.
E, continua: “Muitos dizem que a relação dele com o Moro não vai durar muito tempo enquanto Moro for uma espécie de ameça. Em algum momento vai tentar afastá-lo. Eu não acredito que depois de o Brasil e o mundo enxergar, perceber, acompanhar o desempenho dele na presidência, ele seja capaz de se apresentar em condições de ganhar eleição”
O deputado também comentou que o atual governo acredita ser “dono da República”, adotando uma postura autoritária e ditatorial. “Fico muito preocupado como a maioria dos brasileiros com a desqualificação que o presidente adota quando faz a tentativa do debate politico. […] É de semear ódio. E, tem insistido que o alvo é destruir a esquerda, ele acha que não tem que ser só combatida, mas destruída”.
Na oportunidade, o parlamenta ainda considerou que a esquerda cometeu mais acertos do que erros quando estava no poder. “Erros todos cometem. Mas se formos fazer um balanço, o saldo é favorável em relação aos acertos. Alguns procuram superdimensionar erros e tentam anular acertos, faz parte do debate politico”.
Fonte: Metrópoles