Kataguiri chama Eduardo de ‘rato e covarde’ após crítica à lei das fake news
Discussão sobre aumento da punição para quem divulgar fake news foi iniciada nas redes sociais e prosseguiu no plenário da Câmara
Uma discussão entre os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP), iniciada nas redes sociais, se estendeu no plenário da Câmara na quinta-feira (29). As informações são do jornal O Globo.
No Twitter, Eduardo acusou Kataguiri de defender a censura ao apresentar um destaque na votação, de quarta-feira (28), para derrubar o veto de Jair Bolsonaro a trecho de lei aprovada pelo Congresso que prevê punição por denúncia caluniosa com finalidade eleitoral. Na votação, o líder do Movimento Brasil Livre (MBL) foi vitorioso.
Para o filho de Bolsonaro, no entanto, a lei terá como consequência a punição de 2 a 8 anos para quem for condenado por divulgar fake news (notícias falsas). Nas redes e no plenário, Kataguiri citou o texto legal e acusou Eduardo de estar mentindo. Além disso, o desafiou a um debate em plenário e o chamou de “rato e covarde”.
O democrata disse, ainda, que Eduardo tenta associar sua atuação ao centrão, mas que ele votou em Macel van Hattem (Novo-RS) para a presidência da Câmara, enquanto Eduardo escolheu Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Portanto, é alguém que se posa de muito macho, de muito valente em rede social, mas pessoalmente não tem a mesma coragem”, provocou. Ele também acusou o colega de não ler projetos e não trabalhar.
“Parece que o período do deputado Eduardo Bolsonaro como deputado é só para passar férias enquanto ele não assume a embaixada, enquanto não consegue comprar os votos dos senadores o suficiente. Portanto, tome coragem e tome vergonha na cara! (…) E o pior de tudo é ser rato, é ser covarde, é não ter coragem de vir aqui e falar na minha cara o que fala na Internet. Isso é coisa de moleque!”, falou.
De acordo com a matéria, uma hora após o discurso de Kataguiri, quando o deputado do DEM não estava mais em plenário, Eduardo subiu à tribuna para defender seu posicionamento contrário à lei.
Ele argumentou que a legislação põe em risco a liberdade de expressão, da imprensa e de blogueiros de direita, como Allan dos Santos, do Terça Livre, responsável pela publicação de posts falsos, atribuídos a repórter do jornal “O Estado de S. Paulo”, para atacá-la nas redes sociais.
O filho do presidente não citou nominalmente Kataguiri, mas afirmou que a esquerda comemorou a derrubada do veto “com apoio de outros candidatos, de outros deputados”.