Ex-superintendente da PF do Rio desmente Bolsonaro e confirma que Flávio era investigado
Delegado disse ainda sua nomeação demorou porque presidente queria indicar outra pessoa para o cargo de gerência da Polícia Federal
O agente, no entanto, afirmou que não recebeu cobranças do presidente a respeito de investigações em andamento. Investigadores apontam que esse a existência desse inquérito contra o filho do presidente é um fato considerado relevante, que remete ao interesse concreto de Bolsonaro na PF do Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.
“Perguntado se tem conhecimento de investigações sobre familiares do presidente nos anos de 2019 e 2020 na SR/PF/RJ disse que tem conhecimento de uma investigação no âmbito eleitoral cujo inquérito já foi relatado, não tendo havido indiciamento”, diz o depoimento do delegado.
Ainda segundo o jornal, a PF pediu arquivamento do inquérito em março, sem nem solicitar as quebras de sigilo dos personagens envolvidos. O Ministério Público ainda não se manifestou sobre esse arquivamento. O inquérito eleitoral investigava se o senador Flávio Bolsonaro cometeu lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral ao declarar seus bens nas eleições de 2014, 2016 e 2018.
Carlos Henrique também prestou depoimento para falar da demora de sua nomeação para o cargo de superintendente no Rio, que teria ocorrido porque Bolsonaro queria nomear outra pessoa o posto. “Houve uma demora na nomeação do depoente para esse cargo pois na época houve uma manifestação pública do presidente Jair Bolsonaro, noticiada na imprensa, no sentido que ele, o presidente, desejava que outro delegado assumisse o cargo de superintendente no Rio de Janeiro”, afirma.
Fonte:Metro 1