Articulação entre ACM Neto e Rui Costa deveria ser exemplo para o governo federal, diz Maia

Presidente da Câmara dos Deputados critica divergências políticas em meio à gravidade da atual crise sanitária
Alexandre Santos.
Foto: Najara Araújo/ Agência Câmara
Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados (Foto: Najara Araújo/Agência Câmara)

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a articulação entre o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o governador Rui Costa (PT) no enfrentamento à pandemia de Covid-19 deveria servir de exemplo para o governo Bolsonaro —até então sem uma estratégia definida diante da grave crise sanitária.

A declaração de Maia foi dada em entrevista à rádio Metrópole, na manhã desta terça-feira (14).

“O governador da Bahia e o prefeito Antonio Carlos são adversários políticos, não inimigos. Sempre tiveram nos últimos anos um enfrentamento político, que é saudável da democracia. Nesse momento da pandemia é óbvio que a política não é prioridade. Eu acho que eles têm dado um bom exemplo, mostrando que a união de esforços gera bons resultados. Os dados da Bahia mostram isso, que nós temos um bom resultado. É claro que não é o ideal, mas, frente a uma pandemia dessa…”, declarou o deputado.

Em sua avaliação, num contexto em que os casos de coronavírus e as mortes em razão da doença continuam a avançar, quaisquer divergências devem ser deixadas de lado.

“Eu acho que a Bahia poderia ser um bom exemplo pro governo federal, pra outros estados também que estão tendo conflitos. Num momento como esse, eu fico pensando como é que alguém pode pensar em eleição municipal, na minha sucessão. Quer dizer, com tantas vidas sendo perdidas, com uma queda da economia gerando uma perda de renda enorme pros mais vulneráveis. Perda de empregos formais. Então eu acho que o bom era que essa articulação fosse completa. Não é. É um dado da realidade”, afirmou.

Apesar de Bolsonaro minimizar a pandemia, Maia diz ter expectativa que o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, tire do papel ao menos a promessa da pasta de testar a população e ajude os estados com a compra de insumos.

“Vamos trabalhar com o que nós temos e vamos torcer para que o ministro, mesmo não sendo da área de saúde, ele consiga, daqui pra frente, avançar nos testes. E muito importante que o governo coordene essa questão da testagem. É importante ter medicamentos em algumas regiões, que estão faltando, que ele consiga comprar os medicamentos e que consiga manter essa coordenação sobre o Ministério da Saúde”, disse o parlamentar.

FonteBahia.ba

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