Governadores se articulam para conseguir vacinas por conta própria após novas falhas de Bolsonaro
Chefes de Estado estão negociando diretamente com laboratórios, a exemplo do governo da Bahia que fez contrato com para ter a Sputnik V.
As constantes falhas do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) para garantir uma vacina contra a Covid-19 aos brasileiros, somadas aos recentes erros para distribuir a CoronaVac, têm feito com que governadores retomem as negociações diretamente com os laboratórios que estão produzindo os imunizantes.
No ano passado, a postura negacionista do governo já tinha levado estados a buscar alternativas. Em outubro, no entanto, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse em entrevista que o ministério compraria todas as vacinas que fossem aprovadas pela Anvisa, o que deu certa tranquilidade aos gestores.
O fracasso do voo para a Índia, as promessas em vão e os problemas diplomáticos com a China tiraram de novo as esperanças. Nos bastidores, governadores relatam que têm tentado fazer as compras, mas os fornecedores estão cobrando valores muito altos ou querendo vender em quantidades muito grandes, inviabilizando as aquisições, por ora.
A ideia de ter por escrito o número máximo de vacinas que o governo pretende comprar é para os estados terem um documento para convencer as fornecedoras a fazerem vendas individuais. Os chefes de Estado querem saber por escrito de Pazuello qual é o teto de vacinas que pretende comprar, dando liberdade para que possam correr por fora.
Enquanto isso, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), acionou a Justiça contra a Anvisa para que os Estados possam importar e distribuir vacinas contra a Covid-19 sem autorização da agência, mas com certificação internacional.
A decisão de acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) ocorre porque a Bahia possui contrato que garante até 50 milhões de dosers da Sputnik V, vacina russa que foi a primeira registrada no mundo.
Fonte: De informações da Folha de S.Paulo.