Vice de Zé Ronaldo defende voto impresso e critica bancada que entrevistou Bolsonaro
“Bolsonaro não tem a inocência de Amoedo e controlou melhor a esquizofrenia”, escreveu a médica Mônica Bahia em seu Facebook
Candidata a vice-governadora na chapa do DEM, a médica Mônica Bahia (PSDB) é favorável ao voto impresso e criticou a bancada responsável por entrevistar o presidenciável Jair Bolsonaro no programa Roda Viva da última segunda-feira (30).
Um dia antes de ser anunciada vice na chapa do pré-candidato a governador José Ronaldo (DEM), ela também compartilhou em seu Facebook trecho de texto do príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança, um dos cotados para ser vice de Bolsonaro.
“Uma Constituição deve impor limites ao governo e ao Estado, já que o dono do país é o cidadão. Nossa Constituição atual impõe limites à população, já que o dono do Brasil é o Estado. Escrevi um artigo ano passado que mostra como nossa Constituição é reflexo da voz dos políticos e não dos brasileiros. Leia e reflita sobre a necessidade preemente de mudarmos a forma como se faz política em nosso país”, diz trecho do texto.
“Roda Viva passando vergonha para o mundo. Não ouvi um único JORNALISTA hj. #VergonhaAlheia”, escreveu a médica na última terça (31), em referência à entrevista de Bolsonaro ao Roda Viva.
Em seguida, comentou: “O massacre com João Amoedo [presidenciável do Novo] ainda foi o campeão de deselegância e esquerdopata. Bolsonaro não tem a inocência de Amoedo e controlou melhor a esquizofrenia. Não questionaram nada dos planejamentos para o país”.
“O objetivo dos jornalistas era apenas desconstruir, tentar mostrar Bolsonaro pintado de tirano, perverso e ditatorial, da mesma forma que os HEROIS da esquerda. Queriam jogar Bolsonaro no mesmo saco de lixo que eles pertencem”, escreveu outro usuário, ao comentar a mesma postagem. “Exatamente. Não conseguiram”, respondeu Mônica.
Integrante da Ordem dos Médicos do Brasil (OMB), ela participou ativamente dos movimentos de rua que pediram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Em foto postada em abril deste ano, Mônica questiona “a quem interessa urnas não auditáveis?”. Um dos defensores do voto impresso é o presidenciável do PSL. No último Roda Viva, ele criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu a implantação da medida no pleito deste ano.
“Eu lamento que a senhora Raquel Dodge tenha prestado um desserviço à sociedade há poucas semanas. Por intermédio de uma ação dela, o Supremo derrubou a possibilidade do voto impresso nessas eleições. Ou seja, vamos continuar sob a suspeição da fraude, e o voto é uma coisa sagrada da democracia”, afirmou no programa.
Durante a convenção do PSL baiano, Zé Ronaldo classificou Bolsonaro como “determinado” e “um cidadão que tem coragem”. Posteriormente, o democrata se esquivou, porém, de dizer se dividiria palanque com o pré-candidato a presidente.
“Você não vai achar nesse País, em nenhum estado da federação brasileira, uma coisa retilínea. Vou dar um exemplo prático. O PDT apoia nacionalmente Ciro Gomes, mas na Bahia está apoiando o governador. O PR apoia Alckmin nacionalmente e é da base do governador. Em cada estado os partidos deixaram livre para coligar. Meu partido tem um candidato. Eu vou subir no palanque do meu partido”, disse o ex-prefeito de Feira de Santana. O DEM apoia a candidatura presidencial de Geraldo Alckmin (PSDB).