Mulher que teve foto tirada debaixo do vestido diz que servidor a seguiu
Acusado tem 59 anos e é aposentado do Senado Federal. O caso de importunação sexual ocorreu em supermercado de Vicente Pires.
De acordo com o relato da mulher, ela esbarrou nele quando se esticou para pegar um saco de farinha de trigo, em uma prateleira mais alta. Nesse momento, uma pessoa que estava no supermercado a avisou que o suspeito teria tirado uma fotografia por baixo do vestido da cliente.
Ainda segundo o depoimento, a mulher denunciou o acusado ao segurança do supermercado. Ela destacou que o funcionário pediu ao homem para mostrar o celular, mas Osvaldino se recusou. Então, todos viram as imagens captadas pelas câmeras de segurança e, de fato, o cliente teria tirado uma foto por baixo do vestido.
A testemunha é auxiliar de serviços gerais do supermercado e também prestou depoimento aos investigadores. Ela relatou que estava fazendo o serviço de limpeza em um corredor, quando viu uma mulher sendo seguida por um homem, e ele tirou a foto por baixo do vestido da cliente.
A funcionária acrescentou que a mulher sentiu o suspeito encostar nela, mas teria pensado que ele deixou cair alguma coisa. Ressaltou que avisou sobre o fato e que os seguranças foram acionados. A Polícia Militar prendeu o homem em flagrante.
Osvaldino Santos negou que tenha tirado foto da mulher. Em depoimento aos PMs, o aposentado alegou que se abaixou apenas para pegar um produto que estava embaixo, próximo de onde ela estava. Afirmou que mostrou o celular e não tinha nenhuma foto da vítima.
Segundo a PMDF, o acusado, a vítima e as testemunhas prestaram depoimento na 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro). Após a mulher prestar queixa, o homem acabou autuado por importunação sexual.
Histórico na polícia
Não é a primeira vez que o servidor vai parar na polícia. Em 2017, um casal o denunciou pela mesma prática. Na ocasião, ele tentou fotografar as partes íntimas de uma mulher que fazia compras no supermercado.
Câmeras de segurança também flagraram a ação. O caso foi registrado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) como lesão corporal, uma vez que, à época, não havia sido tipificado o crime de importunação sexual no Código Penal brasileiro.
Fonte: Metrópoles