Atenção: Dormir mal afeta capacidade de raciocínio de 45% da população do mundo
Dados estatísticos do Dia Mundial do Sono falam em epidemia mundial que prejudica saúde e qualidade de vida.
Mas será que obedecer às recomendações médicas de dormir oito horas de sono é suficiente para não sentir os sintomas de cansaço ao acordar? Um estudo publicado nesta semana na Itália mostra que não. A pesquisa relata que 13 pessoas, por volta dos 20 anos, que dormiram 30% menos do que o necessário por 10 noites não recuperaram totalmente a maior parte de seu processamento cognitivo, mesmo depois de dormirem bem após uma semana.
Segundo o especialista do Centro de Medicina do Sono da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, Bhanu Prakash Kolla, mesmo dormindo por algumas noites seguidas, o processo que envolve o raciocínio ficou prejudicado. “Este é um estudo bem feito, embora pequeno, com várias medidas para examinar o impacto da privação parcial do sono. Os tempos de reação melhoraram ao longo de sete dias e voltaram aos níveis basais, enquanto outras tarefas cognitivas, incluindo a precisão, não se recuperaram completamente”, disse o médico em entrevista à rede CNN internacional.
O cérebro precisa descansar
Especialistas afirmam que, assim como o corpo, o cérebro precisa entrar em repouso. Pesquisas norte-americanas revelam que pessoas que dormiam menos de seis horas por noite durante duas semanas – e que pensavam que estavam bem – não desempenhavam atividades de maneira produtiva e tinham baixo desempenho em testes cognitivos. O mesmo resultado foi observado em pessoas que foram privadas de qualquer sono por duas noites inteiras.
Os cientistas explicam que o cérebro precisa de ciclos de sono ininterruptos para absorver novas habilidades, formar memórias-chave e reparar o corpo do desgaste do dia. E é o sono que ajuda o corpo a fazer essas reparações.
Quando não dormimos o necessário ou simplesmente passamos a noite em claro, a capacidade de prestar atenção, aprender coisas novas, ser criativo, resolver problemas e tomar decisões ficam prejudicadas.
A recomendação dos médicos e cientistas do sono é dormir de sete a dez horas por noite e priorizar o descanso. Evitar bebidas alcoólicas ou estimulantes e não fumar horas antes de dormir também ajudam o cérebro a entender que é hora de descansar. Além disso, segundo os especialistas, a prática de atividades físicas e uma boa alimentação melhoram a regularidade do sono.
Fonte: Metrópoles