Neto prevê queda de Bolsonaro e diz que aliança com PT ‘está totalmente descartada’
Presidente do DEM descartou ainda que “Centrão” pode abandonar Alckmin
Por Rodrigo Daniel Silva / Evilásio Júnior / Luiza Leão no dia 16 de Agosto de 2018 ⋅ 21:58
Presidente nacional do DEM e apoiador do presidenciável tucano Geraldo Alckmin, ACM Neto acredita que o candidato a presidente do PSL, Jair Bolsonaro, não vai manter o desempenho nas pesquisas de intenção de votos a partir do início da propaganda no rádio e na TV, no próximo dia 31.
“Eu acho que o começo do embate na TV traz um elemento novo, que talvez seja o canhão mais forte dessa campanha política, e ele não tem esse canhão. Eu acredito que a tendência é que ele tenha uma queda, não sei de que tamanho, é difícil precisar isso. Até porque ele foi quem começou primeiro. Ele é candidato há muito tempo”, ponderou o democrata, em entrevista à imprensa, antes do debate da Band.
O prefeito de Salvador apostou ainda no crescimento do postulante do PSDB no decorrer da campanha. “Olha, ontem eu estava fazendo uma avaliação de estado por estado e não há nenhum estado no Brasil em que a gente não tenha um palanque forte e competitivo. Temos em todos eles, com candidatos a governador e senador. Seja pelo próprio PSDB ou pelos partidos aliados. Agora, a eleição desse ano, por ser muito pulverizada, e por ter sido tarde demais, ela gerou uma certa mistura nesses palanques. A gente vai ver um pouco de tudo. O que importa é comparar: qual é o outro candidato que tem outros palanques estaduais tão fortes como Geraldo? Nenhum. Então esse é um diferencial positivo ao nosso favor”, avaliou.
Em uma hipótese de segundo turno sem Alckmin, a qual considera improvável, Neto descartou peremptoriamente se aliar com o PT, que tenta emplacar o nome de Lula no pleito, mas pode concorrer com Fernando Haddad. “Isso está totalmente descartado. Eu já disse isso algumas vezes. Receber o apoio de A, B ou C é outra história. Eu sou do tipo que acha que apoio não se nega, desde que ele seja feito de maneira transparente”, pontuou.
O dirigente democrata também negou a possibilidade de o “Centrão”, conjunto de partidos formado por DEM, PR, PP, PRB e Solidariedade, virar a folha. “De jeito nenhum. Nem o PR cogitou isso. Essa hipótese não existe. Nós demos apoio a Geraldo e vamos com ele até o fim. A grande diferença desse apoio dado a Geraldo é o tempo de televisão, que só começa dia 31 de agosto. Para ela ter efeito é preciso ter tempo. Então, não tem que ficar paranoico nem assustado. É preciso dar tempo à TV para que ela faça efeito e, só depois, é que a gente vai procurar ver refletida na pesquisa essa grande estratégia”, disse.
Fonte: Metro 1