Prefeito de Bonfinópolis (GO) contou que religiosos cobraram R$ 15 mil para destrava verbas do Ministério da Educação

‘Vocês são um bando de malandros’, disse pastor ao pedir propina a prefeitos.

Foto: Reprodução / TV Senado
Foto: Reprodução / TV Senado

Prefeito de Bonfinópolis (GO), Kelton Pinheiro (Cidadania) confirmou episódios de cobrança de propina pelos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos para liberar verbas do Ministério da Educação.

De acordo com informações do portal Metrópoles, em audiência na Comissão de Educação do Senado Federal, nesta terça-feira (5), o gestor relatou o pedido de R$ 15 mil para viabilizar a construção de uma escola de 12 salas, orçada em R$ 7 milhões.

Segundo a publicação, Pinheiro afirmou que a oferta ocorreu em um almoço organizado pelos pastores para receber prefeitos que estavam em Brasília para agenda com o então ministro da Educação, Milton Ribeiro, em março de 2021.

“O pastor Arilton chegou na minha mesa e me abordou de uma forma muito abrupta e direta: ‘Olha, prefeito, vi que, no seu ofício, o senhor pede a escola de 12 salas. Essa escola deve custar uns R$ 7 milhões. Mas é o seguinte: eu preciso de R$ 15 mil na minha mão hoje, você faz a transferência para a minha conta. Para depois não cola comigo, porque vocês, políticos, são um bando de malandros, não têm palavra’. Aquilo me deu ânsia de vômito”, contou o prefeito de Bonfinópolis.

A versão foi endossada também pelo prefeito de Boa Esperança do Sul (SP), José Manoel de Souza (PP), segundo o qual os pastores cobraram cerca de R$ 40 mil por uma escola em sua cidade.

Fonte: Bahia.ba

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