PF expede nova intimação de Jair Renan para apurar suspeita de corrupção
Filho de Bolsonaro é suspeito de corrupção e tráfico de influência, após receber carro elétrico de R$ 90 mil e articular reunião entre empresários e o Ministério do Desenvolvimento Regional.
Um ano após aberto inquérito para apurar suspeitas de corrupção e tráfico de influência junto ao governo federal, a Polícia Federal (PF) expediu nova intimação para colher depoimento de Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o jornal o Globo, o depoimento está previsto para acontecer nesta quinta-feira (7).
Ainda de acordo com a publicação, ele já havia sido intimado em dezembro de 2021, mas não compareceu. Em seguida, a defesa de Jair Renan pediu adiamento e, então, a PF enviou o inquérito para o Ministério Público Federal (MPF), que pediu prorrogação do prazo para concluir diligências. Agora, a investigação deve ser retomada a partir do depoimento.
O inquérito aponta para o envolvimento do filho do presidente com outras pessoas “no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade. O núcleo empresarial apresenta cerne em conglomerado minerário/agropecuário, empresa de publicidade e outros empresários”.
A PF investiga se em novembro de 2020 Renan utilizou sua empresa de eventos, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, para favorecer o grupo empresarial de mineração e construção Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, articulando reuniões com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).
Este mesmo grupo, que tem interesses junto ao governo federal, presenteou o filho de Bolsonaro e o empresário Allan Lucena, parceiro comercial de Jair Renan, com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil. Um mês após a doação, representantes da empresa se reuniram com o ministro Rogério Marinho, titular do MDR. Segundo o jornal, o ministério afirmou que o encontro, que contou com a presença de Renan, foi marcado a pedido de um assessor especial da Presidência.
Fonte: Bahia.ba