Queda de meteorito atrai colecionadores a fazenda em Goiás

Goiânia – Uma fazenda de Portelândia, cidade de 4 mil habitantes no sudoeste goiano, nunca recebeu tantos forasteiros de outros estados, e até de fora do país, como nas últimas semanas.

Essas pessoas foram ver os pedaços e sinais do também chamado “Portelândia”, nome do meteorito que em uma manhã de domingo (17 de julho) rasgou o céu emitindo um “som de enxame de abelhas”, atravessou uma telha de amianto, um forro de PVC e parou cravado no chão da cozinha da sede da fazenda.

Grande parte desses forasteiros é formada por colecionadores de meteoritos.

“Nossa Senhora! Rapaz de Deus! Minha vida deu uma mudada. Teve muito colecionador querendo comprar. Está vindo um pessoal de fora, do Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, da Argentina e Uruguai. Vai vir gente dos Estados Unidos e China”, contou ao Metrópoles Josemar Rodrigues, de 52 anos, dono da propriedade em que o “Portelândia” caiu.

Por sorte, ele estava vendo TV e a esposa estava no quintal, no momento em que a rocha espacial foi parar na cozinha.

Veja o vídeo:

Fascínio pelo passado

André Moutinho, morador de São Paulo, foi um desses colecionadores que foi visitar o “Portelândia” na fazenda de Portelândia. O meteorito se fragmentou em oito pedaços, além de outros bem pequenos. No total são cerca de 200 gramas.

O meteorito de Portelândia é de um tipo bastante comum, mas o fato de ele cair dentro de uma residência é que o torna raro. Nos últimos 12 anos foram nove casos de meteoritos em residências no país, segundo pesquisadores da Universidade Federal de Jataí (UFJ).

“Quando peguei o primeiro meteorito foi uma coisa que me fascinou. (…). Quando você pega o meteorito na mão é como se pegasse uma pedra que está daquele jeito há 4,5 bilhões de anos. Você nunca vai pegar uma pedra na Terra com essa idade”, explicou André.

Preço da pedra do céu

O fazendeiro de Portelândia, Josemar Rodrigues, disse que já recebeu algumas propostas pelos pedaços do meteorito, entre elas do colecionador de São Paulo, mas preferiu guardar sigilo sobre os preços.

Ele garante que não tem expectativa de ganhar muito, mas diz preferir vender para um colecionador do exterior. Por isso, não fechou negócio com ninguém, a não ser um pequeno pedaço que foi doado para a UFJ (Universidade Federal de Jataí), que identificou o tipo de rocha. Enquanto isso, o “Portelândia” segue seguro no cofre de um banco.

Fonte:Metrópoles

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