Apoiadora de Bolsonaro, prefeita afirma que renunciará quando Lula tomar posse

“Tenho vergonha de estar na política com um representante maior da forma como ele é”, diz Carmen Martines.

Foto: Reprodução/ TSE
Foto: Reprodução/ TSE

 

A vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua mexendo com os ânimos da oposição ao petista. Desta vez, a prefeita da cidade de Carlinda, cidade localizada a 724 km de Cuiabá (MT), Carmen Martines (UB-MT), disse que “com certeza absoluta” vai renunciar ao cargo a partir do momento em que o petista tomar posse. Ela foi eleita para a prefeitura de Carlinda em 2016 e assumiu em 2017. Em 2020, ela foi reeleita ao cargo.

Pecuarista e apoiadora do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL),  Carmen afirmou em entrevista ao UOL que não aceita a vitória de Lula, por “não compactuar com a ideologia” do petista, e por ele ter sido condenado em ações da Lava Jato— as condenações contra Lula foram anuladas por decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

A prefeita ressaltou ainda que está “resolvendo tudo” e que já pediu aos secretários para iniciarem a organização das pastas para quando for entregar a prefeitura a seu vice, o pastor Fernando de Oliveira (PSC-MT). “Tenho vergonha de estar na política com um representante maior da forma como ele é, não concordo”, disse.

De acordo com Carmen, caso permaneça no comando da cidade após a posse de Lula, ela não executará decretos federais que divirjam de sua “linha de pensamento” e afirmou que “isso pode prejudicar minha família”.

Ainda em entrevista ao UOL, a prefeita disse que o vice, Fernando de Oliveira, é uma pessoa “muito companheira” e não quer que ela deixe o comando da cidade.
“[Meu] vice é muito companheiro. [Ele] não quer que eu saia. Ele não quer assumir, quer contribuir, [mas] se esse presidente assumir, estou entregando”, afirmou.

Após deixar a prefeitura de Carlinda, a pecuarista disse que pretende se afastar da vida pública pelo período em que Lula permanecer no poder. “Enquanto Lula estiver no poder, não faço política. Não colocarei meu nome à disposição do partido. Foi uma tragédia moral o que aconteceu”, completou.

Fonte: UOL

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