Moro diz que Lula prefere ‘refugiar-se na condição de vítima de imaginária perseguição política’

Foto: Estadão

Juiz da Lava Jato rejeitou mais dois pedidos de suspeição no âmbito de ações sobre o Sítio em Atibaia e o Instituto Lula

O juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba, negou pedidos da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que pretendiam tirar de seu comando as ações em torno do prédio do Instituto Lula e do Sítio de Atibaia (SP). Nas decisões, assinadas no último dia 12 e nesta terça-feira, 18, Moro diz que Lula prefere “refugiar-se na condição de vítima de imaginária perseguição política”, ao invés de esclarecer os fatos e os motivos relativos as apurações. “Ao contrário, ao invés de esclarecer os fatos concretos e contribuir com a elucidação da verdade, prefere a Defesa de Luiz Inácio Lula da Silva apelar para a fantasia da perseguição política”, afirma Moro na decisão que mantém com ele a ação em torno do sítio em Atibaia. As determinações de Moro foram enviadas pelo juiz à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), agora relatora da ação em que Lula tenta, no STF, retirar do juiz de Curitiba a ação do sítio de Atibaia. Cármen herda os processos de Toffoli, que sucede a ministra na presidência do STF. Ainda quando relator da ação, Toffoli negou dois pedidos dos advogados de Lula, que buscam uma decisão favorável através das decisões da Segunda Turma do STF, que retiraram de Moro trechos da delação da Odebrecht. Moro assinala que, ao proceder dessa forma, a turma não decidiu sobre quem deve julgar as ações penais contra Lula. A defesa de Lula alega, entre outros pontos, que os fatos narrados na denúncia ocorreram em São Paulo, e que não há conexão entre os crimes cometidos na Petrobras com o que é apurado nas ações. Moro rebate afirmando que os pagamentos das reformas no sítio estariam vinculados a acertos de corrupção entre o ex-presidente com a Odebrecht, OAS e José Carlos Costa Marques Bumlai, e que abrangeriam contratos da Petrobras.

Fonte: Estadão

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