Advogada negra é algemada e presa durante audiência no Rio de Janeiro

A magistrada leiga, que atua em juizados especiais e audiências de conciliação, mas não precisam ser togados – ou de Direito – afirmou que queria encerrar a sessão, mas ela afirmou que ainda não tinha terminado o trabalho dela e feito as contestações do caso.

“Eu estou indignada de vocês, como representantes de Estado, atropelarem a lei. Eu tenho o direito de ler a contestação e impugnar os pontos da contestação do réu. Isto está na lei, eu não estou falando nada absurdo aqui”, diz a advogada.

Durante as agressões, Valéria grita insistentemente em sua defesa que está trabalhando e sinaliza indiretamente o racismo que teria ocorrido naquele suposto flagrante violação de prerrogativa e abuso de autoridade.

O presidente da Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Luciano Bandeira, afirmou que foi enviado um representante da que acompanhou o caso e conseguiu ao menos que fosse retirada as algemas postas ilegalmente em Valéria.

“Nada justifica o tratamento dado à colega, que denota somente a crescente criminalização de nossa classe. Iremos atrás de todos os que perpetraram esse flagrante abuso de autoridade”, defendeu.

Fonte: Metro 1