Enquanto diversas câmaras municipais pelo Brasil a fora, valorizam seus servidores efetivos, dando-lhes exemplos de aprovação de Planos de Cargos e Salários, a Câmara Municipal de Estância se distancia dessa classe e contraria seus trabalhadores. E o seu presidente, vereador André Graça (PSL), sendo o autor da não aprovação do Plano, deu um péssimo exemplo como chefe do Legislativo Municipal, deixando os servidores daquela Casa de Leis fora da organização salarial.
Na semana passada, os servidores efetivos da Câmara de Vereadores de Estância, juntamente com seus familiares e o sindicato da classe, se revoltaram contra André Graça. Para o Sindicato dos Servidores Municipais de Estância e Arauá (SINDSEME), a culpa por não contemplar os servidores efetivos da Câmara de Estância com o Plano de Cargos e Salários, é justamente do presidente da Câmara.
O acordo entre o SINDSEME e o presidente da Câmara de Vereadores, era para ele ter colocado o projeto na pauta de uma das sessões, antes do recesso legislativo. Coisa que não aconteceu, transparecendo falta de compromisso e prioridade com o trabalhador efetivo daquela Casa.
Segundo o sindicato, o Projeto de Lei estabelecia um Plano de Cargos e Salários dos Servidores Efetivos da Câmara de Vereadores de Estância, contudo, o SINDSEME foi surpreendido com a não colocação do projeto para discussão.
O presidente do SINDSEME, Carlito Lemos, lembrou que este projeto foi amplamente debatido em conjunto com a Comissão, com a categoria, com o sindicato e, sobretudo, com o próprio presidente da Câmara, que por várias reuniões e assembleias que aconteceram durante oito meses, ficou a par da proposição, mas no dia 18 de dezembro, André Graça retirou o Projeto de Lei da pauta da sessão.
Mesmo o sindicato pedindo ao vereador Artur Oliveira (PT), para se pronunciar e tentar impedir que os vereadores assinassem o Requerimento, que dispensava a tramitação do Projeto de Lei pelas Comissões e liberaria para a aprovação imediata em plenário, o presidente da Casa foi taxativo e disse que não ia colocar para votação, e que receberia o sindicato no dia seguinte.
Com essa decisão radical e desumana de André Graça, o SINDSEME irá fazer o mais breve possível, um estudo da Folha de Pagamento e Contratos da Câmara de Vereadores, que conta apenas com oito servidores efetivos e com uma previsão orçamentária de R$ 6.700.000,00 (Seis milhões e setecentos mil reais) para o ano que vem.
Bastante sentido com a atitude de André Graça, o representante do SINDSEME, Carlito Lemos, criticou a Câmara, destacando que o Poder que legisla sobre tudo, não pode esquecer dos seus servidores. “Acho que foi um vacilo, induzido pela assessoria do presidente”, disse Carlito Lemos.
Fontes :Tribuna Cultural e Da Assessoria do SINDSEME