Aos 51, Ingra Lyberato posa nua e lembra tabu com o corpo: “Perdi o pudor”
Há cerca de um mês, Ingra aceitou participar do projeto do fotógrafo Brunno Rangel e do diretor criativo Marcelo Feitosa que tem como lema “por debaixo da roupa somos todos pele”.
“A ideia é não se proteger — se revelar, se mostrar. É não ter vergonha do nosso corpo e isso tem muito a ver comigo. Cada vez tenho menos pudor com o corpo”, diz a atriz, que recentemente interpretou a traficante Fátima na novela “Segundo Sol”, da Globo.
Para o Instagram, ela diz que escolheu publicar uma foto que revelasse um pouco menos de seu corpo para evitar que o post fosse removido conforme prevê o regulamento da rede social.
Ingra diz que a maturidade só lhe fez bem e acredita que seu processo de redescoberta no rompimento de tabus aconteceu naturalmente: “Quando tinha 20 anos, eu não me aceitava tanto quanto hoje. Eu era perfeita e enxergava um monte de defeitos. É muito doido isso. Acho que é o processo de aceitação e não aceitação de si. É a imaturidade de não entender bem onde está o meu valor”.
“Meu corpo é lindo, mas não como eu tinha 20 anos, é óbvio. Mas acho lindo porque é um corpo que me trouxe até aqui. É saudável, meu parceiro e me leva para tudo que é lugar. Essa é a beleza que eu vejo. É o lugar que eu habito. Hoje a beleza para mim é menos materialista. É muito mais o que significa. É um pouco abstrato, mas muito mais real”, afirma ela.
Protagonista da novela “A História de Ana Raio e Zé Trovão”, da Rede Manchete, em 1990, a atriz se recorda que recusou convites para ensaios nus quando era mais nova. Embora pense de forma diferente, Ingra pondera:
“Hoje não tenho mais pudor. Fico mais preocupada com o pudor dos outros. É importante saber o limite para não ser agressivo com quem tem o seu pudor. É a escolha de cada um. Já venci isso. Se minha nudez estiver a serviço de uma cena ou de um projeto como esse estou bem tranquila”.
Mãe de um menino de 15 anos, fruto de seu antigo casamento, ela diz que o adolescente não se opõe a trabalhos artísticos seus que tenham nudez.
“O meu filho está super acostumado. Em maio fiz a capa de um revista gaúcha sem roupa. O pai dele, que é músico, acabou de fazer uma capa de disco e ele também está nu — com uma guitarra na frente. Meu filho não liga para essas coisas. Não temos esse tabu da nudez. Ele sabe que eu não tenho a menor vergonha”, ressalta.
As fotos de Ingra Lyberato e outras personalidades farão parte de um livro do “Pele Project”, com lançamento previsto para dezembro deste ano.
Fonte: UOL