Chapinhas e chapões se embolam nos caminhos de Rui e Zé Ronaldo
A dor de cabeça ainda não passou
Frase da vez
“Perca com classe, vença com ousadia, por que o mundo pertence a quem se atreve”
Charles Chaplin
A decisão de PPS, PHS e PV de formar uma chapinha, se descolando do chapão, para a disputa das eleições proporcionais (deputados federal e estadual) está causando mal estar entre alguns dos 14 deputados federais aliados de Zé Ronaldo (DEM), que fará convenção amanhã.
O chapão vai ter PSDB, DEM, PRB, PTB e SD. A inquietação vem do medo de sobrar, é óbvio. Estima-se que o grupo tem potencial para eleger 10 com certeza e 11 talvez.
Se diz que no DEM os favoritos são José Carlos Aleluia, Paulo Azi, Elmar Nascimento e Arhur Maia, no PSDB João Gualberto e Imbassahy, no PRB Tia Eron, Márcio Marinho (ungidos pela Igreja Universal) e João Roma (com as bençãos de ACM Neto). Tem Benito Gama do PTB, mais os estaduais Adolfo Viana (PSDB), Leur Lomanto (DEM), e Heber Santana (PSC). Ou seja, é quase inevitável alguém sobrar.
Já na chapinha, Sérgio Carneiro (PV), é tido como favorito a ficar com uma vaga.
Na base de Rui
Na banda governista, que tem 25 dos 39 federais baianos, a ideia central é que nenhuma bancada perca vagas.
E como fazer? Há quem defenda três coligações, uma com PT, PSB e Podemos, outra com PP, PR e Podemos e outra com PSD, PRB e PDT. O PP de João Leão quer no máximo duas, e o PSD de Otto Alencar bate pé firme: quer uma e ponto. Já o PCdoB não quer nenhuma. E o PDT quer coligar para estadual, mas não para federal. O rolo ontem era esse. Na oposição, não tem jeito, entre os governistas, vai ter que ter entendimento.
Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.