Como fica o sexo casual durante a flexibilização da quarentena?

Urologista explica que a pegação casual ainda não é segura, mas dá orientações que servem para minimizar os riscos de contágio

Máscara com letras formando a palavra sexFOTO: JAPATINO/GETTY IMAGES
No Brasil, faz quatro meses que as pessoas estão em quarentena, e apesar de não ter vacina e do número de casos não ter diminuído, as medidas de isolamento social têm sido flexibilizadas.

Dentre as muitas áreas afetadas pelas medidas para evitar a transmissão da COVID-19, uma das que mais preocupa as pessoas é o sexo. Sabe-se que é seguro o comportamento sexual entre pessoas casadas ou que morem juntas. Mas e o sexo casual, como fica?

Um estudo de Harvard sugeriu alguns métodos de prevenção em relação ao sexo em tempos de coronavírus. Se a abstenção não for uma opção, as orientações são o uso de máscara durante o ato, banho antes e depois e higienização completa do local, incluindo roupa de cama.

Segundo o urologista Dr. Danilo Galante, não existe, de fato, uma flexibilização em relação ao sexo. Na verdade as orientações servem apenas como forma de minimizar as chances de contágio.

“Depois de um tempo em quarentena, as pessoas começam a cansar de ficar sem sexo. Não tem como liberar o sexo de forma segura, mas também não se pode impedir”, garante.

Sexo de máscara?

Dr. Danilo acha pouco provável que as pessoas abram mão do beijo na boca ao fazerem sexo. “Não é um tipo de comportamento que se possa mudar. Tem gente encontrando com outras sem máscara, quem dirá para fazer sexo”, diz.

Mas o médico afirma que, além de ser válido usar a máscara em posições que não precisam (e nem possibilitam) do beijo, a proteção pode ser usada antes e depois do ato. “Tirando durante a transa, os dois devem ficar de máscara no restante do tempo”, aponta.

O banho também é imprescindível, além de uma muda extra de roupa para trocar assim que chegar à casa da pessoa. “Quando chegar lá você toma um banho e troca de roupa, porque está vindo da rua. Depois do sexo, tome outro banho”, orienta.

E como segurança nunca é demais, Galante indica que, além de investigar se a parceria está com sintomas de gripe, é interessante sugerir um exame de COVID-19, se possível. “Os convênios estão cobrindo o exame. Se der para fazer, melhor”, diz.

Menos contratinho

Sabe aquela extensa lista de contatinhos que você cultiva, pessoa solteira? A orientação é diminuí-la. Ainda que as pessoas não deixem de fazer sexo, a tendência é que elas deixem de se relacionar com várias e foquem em apenas uma.

“O sexo não vai deixar de ser feito de forma convencional, mas acredito que o comportamento das pessoas vá mudar nesse ponto. Quem quer ter encontros têm de identificar alguém que tenha mais a ver e encontrar só com ela, para ter contato com o mínimo de gente”, indica.

Além do fator exposição, ainda existe o “cancelamento” externo, que faz com que as pessoas pensem duas vezes antes de tomar certas decisões. “Os outros julgam quem está saindo de casa. As pessoas terão que passar a ser mais seletivas com encontros”, explica.

E depois da vacina?

Se enquanto a pandemia não acabar existe um “novo normal” para o sexo, o urologista não acredita que após o surgimento da vacina algo vá mudar drasticamente na forma como as pessoas lidam com o sexo, mas sim na higiene de uma forma geral.

“As pessoas vão lavar mais as mãos, ter mais cuidado ao levar as mãos à boca ou aos olhos, de repente deixar sapatos fora de casa. Mas em relação ao sexo, acredito que não”, diz.

Fetiches

Dr. Danilo explica que toda mudança pode levar a eventuais novos fetiches – e com a pandemia não haveria de ser diferente.

Ou seja, a tendência é que, no pós-coronavírus, aumentem fetiches como máscaras, luvas e álcool. “A pandemia é uma época que vai ficar marcada na vida de todos, então pode ser que as pessoas sintam tesão nisso”, garante.

Fonte: Metrópoles

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