Cresce pressão para Bruno Reis ser vice
A grande indefinição, no entanto, é sobre quem será o postulante a vice na composição do democrata feirense
Por Rodrigo Daniel Silva
O ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (DEM), será aclamado, na manhã de hoje, como o principal candidato de oposição ao governo da Bahia, mas sem definir dois integrantes de sua chapa. Uma das suas vagas ao Senado já está definida que ficará com o deputado federal Jutahy Magalhães Júnior (PSDB). Já a outra há uma briga, principalmente, entre o deputado federal Irmão Lázaro (PSC) e a vereadora de Salvador, Ireuda Silva (PRB). A grande indefinição, no entanto, é sobre quem será o postulante a vice na composição do democrata feirense. Enquanto permanece sem definir, tem crescido a pressão para que o vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), ocupe o posto.
Em recentes declarações, o número 2 do Palácio Thomé de Souza não descartou a possibilidade, mas mostrou pouco interessante em ficar com a vaga. Isto porque, no grupo oposicionista, avalia-se que Bruno Reis é o candidato natural à sucessão de ACM Neto, e uma eventual derrota na capital baiana traria desgaste à imagem. “Para mim, não seria falta de mérito ser vice de Zé Ronaldo. Pelo contrário, seria motivo de muito orgulho”, disse, ao ressaltar, entretanto, que há “uma série de nomes, que tem a mesma disposição, coragem, garra” para integrar a composição oposicionista.
ACM Neto pouco se manifestou sobre a hipótese de Bruno Reis ser o candidato a vice de Zé Ronaldo, mas já ressaltou que a “tendência” é ter um nome de Salvador na chapa. A estratégia defendida, pelo chefe do Palácio Thomé de Souza, é para conquistar os votos do eleitorado soteropolitano, já que José Ronaldo é de Feira de Santana. “Todos os aspectos serão examinados em termos de força partidária e densidade eleitoral. É claro que a gente deve colocar alguém com peso político em Salvador na chapa. É uma tendência que isso aconteça. Mas tudo com calma”, afirmou, uma semana após desistir da candidatura ao Palácio de Ondina. Nos bastidores, aliados têm tido que não basta ser da capital baiana, é preciso que o nome seja ligado ao prefeito.
Bruno Reis, que parece querer fugir da hipótese de ser vice, tem entendimento diferente dos correligionários. “Às vezes, eu ouço que precisa ter um nome próximo ao prefeito ACM Neto [na chapa], como se houvesse dúvida do comprometimento dele. […] Ele continua fazendo todo o trabalho [na oposição], como se ele fosse o candidato. Esse empenho vai haver, independentemente de quem venha a estar na chapa como vice ou como senador. O meu papel e o do prefeito é trabalhar e se empenhar muito pela vitória dele”, assegurou
Fonte:Tribuna da Bahia, Salvador