Dificuldades e mau humor dificultam campanha de José Ronaldo ao governo
Foto: Divulgação/Arquivo
José Ronaldo com a candidata a vice, Mônica Bahia, no dia do lançamento oficial de sua candidatura ao governo
Correligionários e amigos próximos de José Ronaldo (DEM) temem por ele. Dizem que o candidato a governador precisa urgentemente começar a dizer obrigado e a melhorar seu humor se quiser chegar ao dia 7 de outubro, data da eleição, com algum apoio genuíno em seu próprio grupo político.
Na verdade, acreditam, uma coisa está relacionada à outra, que está relacionada a outra. O candidato tem se posicionado como se ingrato fosse porque seu humor parece só piorar. E seu astral não melhora porque ele enfrenta cada vez mais problemas para tocar a campanha.
A queixa, feita por importante membro do DEM, mostra o clima em que está imerso o projeto de eleger José Ronaldo governador do Estado. Na prática, problemas abundam, a maioria dos quais relacionados a falta de dinheiro. Por isso, falta também estrutura para impulsionar seu nome no interior.
A maior parte dos recursos é consumido principalmente pelo programa de televisão, o qual não tem conseguido fortalecer a imagem de Ronaldo na medida do necessário para torná-lo competitivo, apesar de o candidato pertencer ao partido que lidera a oposição na Bahia.
Até governistas dizem que falta uma “pegada” de oposição ao candidato, considerado muito “educado e pacato”, insinuando que o grupo tinha opções mais aguerridas em que apostar para a disputa contra o governador Rui Costa (PT), candidato à reeleição. Muitos lembram de Bruno Reis (DEM), o atual vice de ACM Neto (DEM).
Outros tantos se referem a João Gualberto, deputado federal e presidente estadual do PSDB, que chegou a ser lançado candidato em seguida à decisão do prefeito de Salvador de não concorrer ao governo, e é figura conhecida pelo destemor e a disposição para enfrentar um embate.
“Passamos, digo passamos, porque não só eu, mas vários aliados, a ter a sensação de que José Ronaldo acha que está nos fazendo um favor em ser candidato. É como se ele não tivesse desejado nunca esta posição, o que não podemos achar que seja verdade”, conta a mesma fonte.
Para minimizar a crise financeira, articuladores do candidato decidiram promover um jantar de adesão à sua candidatura, em relação ao qual os aliados receberam um apelo para venderem convites. Hoje, há uma aposta velada entre correligionários para saber quantos amigos o próprio Ronaldo conseguirá levar para o evento.
A questão é levantada diante do isolamento que muitos vêm nele. A maioria diz não acreditar que alguém que foi prefeito quatro vezes de uma cidade como Feira de Santana tenha construído tão poucas relações no meio empresarial, o que se comprova agora na dificuldade de ele arrecadar recursos.
Fonte:Politica Livre
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