Empresários declaram apoio à eleição de Guilherme Boulos em São Paulo
Grupo assinou manifesto para tentar dirimir resistências da iniciativa privada ao candidato do PSOL que tem Luíza Erundina como vice.
Empresários e executivos dos setores produtivo e financeiro declararam apoio à eleição de Guilherme Boulos para a prefeitura de São Paulo. Na noite de quarta-feira (25), o grupo assinou manifesto intitulado “Boulos e a necessidade de inovação na gestão de São Paulo”, no qual tenta dirimir resistências da iniciativa privada ao candidato que tem Luíza Erundina candidata a vice.
De acordo com informações do Valor Econômico, que teve acesso ao documento, os empresários argumentam que Boulos governará com responsabilidade fiscal, manterá diálogo com a iniciativa privada e manterá foco no interesse público. Ainda de acordo com a publicação, entre os assinantes do manifesto estão empresários certificados como social e ecologicamente responsáveis (os “empresários B”) e investidores que representam o grupo mais amplo, incluindo o ex-banqueiro Eduardo Moreira, João Paulo Pacífico, Marcel Fukayama e Luis Rheingatntz, este último empresário do agronegócio. Também assinam mulheres como Greta Gogiel Salvi, Nina Silva, Flávia Aranha e Eliana Lopes.
“Alguns que se opõem à candidatura de Guilherme Boulos concentraram suas críticas no seu programa econômico. Nós, que trabalhamos em diferentes setores do mercado, entendemos que muitas dessas críticas são superficiais. Sua proposta se baseia numa inversão de prioridades na alocação dos recursos públicos, colocando a periferia no centro do debate. A viabilidade econômica se dará com o enfrentamento à corrupção, à revisão dos contratos com estabelecimentos de incentivos corretos e à cobrança mais efetiva da dívida ativa”, diz um trecho do manifesto.
Na avaliação dos investidores, o mundo pós-pandemia exigirá reforço na rede de proteção social e orientação por princípios ambientais, sociais e de governança. O projeto proposto pelo candidato do PSOL, apesar de ousado, não é impossível de ser executado e propõe uma “transição inovadora” na prefeitura da principal capital da América Latina.
“Covas, o herdeiro do capital político do avô, não teve que empreender como Boulos para se tornar prefeito. A prefeitura caiu em seu colo. E, apesar de ser educado e democrata, não tem o conhecimento e a liderança de Boulos e não conseguiu fazer uma gestão que deixasse um legado para a cidade. Foi um gestor sem brilho, ordinário”, dizem os empresários no manifesto.
Fonte: Bahia.ba