Especialista aponta Lázaro como favorito à segunda vaga no Senado: ‘Ele morde e assopra’
Carlos Zacarias diz que progressistas se “afastaram” de Coronel e que PT tem feito “esforço enorme” para elegê-lo
Para ele, o cantor-político fez um “aceno” nas primeiras semanas ao eleitorado mais progressista, ao realçar que foi contra a reforma trabalhista. Segundo ele, a estratégia foi adotada por causa da saída de Lídice da Mata (PSB) da briga pela Câmara Alta do Congresso Nacional.
No entendimento do acadêmico, a partir de agora, Lázaro tem feito um aceno aos conservadores, com a presença do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), no horário eleitoral e com críticas à “erotização nas escolas”.
“Ele fez essa guinada tentando o outro lado. Ele foi lá, mas veio para cá. Ele morde e assopra. Ele corre no cenário que é favorável a ele. Além da candidatura de Wagner, não há nenhuma candidatura que tenha se consolidado e que seja muito forte”, ressaltou.
Na avaliação dele, o crescimento de Angelo Coronel (PSD) vai depender de a chapa conseguir mostrá-lo como o candidato de Lula, de Wagner, e “segunda alternativa”. Segundo Zacarias, o PT tem feito um “esforço enorme” para eleger o atual presidente da Assembleia Legislativa, já que o eleitorado mais progressista se “afastou” em função do veto à tentativa de reeleição de Lídice.
Na disputa pelo governo, o professor avalia que o candidato à reeleição Rui Costa (PT) mantém favoritismo sobre o adversário José Ronaldo (DEM). “Em termos gerais, a candidatura de Rui Costa tem uma vantagem enorme porque está concorrendo com um candidato que nunca concorreu a uma cargo desta dimensão”, pontuou.
Nacional – Carlos Zacarias acredita ser “possível” que o candidato do PT Fernando Haddad herde os votos do ex-presidente Lula, mas frisou que a transferência “não será automática”.
“A tendência era que [o segundo turno] fosse entre PSDB e PT. [Mas] quem parece que perdeu muito com a facada foi Alckmin, que apostava que ia para o segundo turno em lugar de Bolsonaro”, considerou.
Para ele, Bolsonaro vai ter “muita dificuldade” de reverter a rejeição, que passa dos 40%, se chegar ao segundo turno. O eleitorado feminino é o que mais resiste em votar no capitão reformado.
“O discurso de Bolsonaro mobiliza muita violência, ódio e misoginia. Então, as mulheres, que nas últimas décadas tiveram protagonismo na política brasileira, apesar serem minorias no Congresso, estão indignadas e se mobilizam contra Bolsonaro”, pontuou.
Fonte:Metro 1