Estudante agredida em confusão com PM no Rio Vermelho recebe alta

Janaína Barata recebeu alta na madrugada e prestou depoimento a uma delegada que foi ao HGE para dar início às apurações sobre a denúncia de uso excessivo de força por parte dos PMs

Luís Filipe Veloso
Foto: Leitor/ bahia.ba
Foto: Leitor/ bahia.ba

A jovem de 19 anos que foi atingida por golpes de cassetete na cabeça em uma confusão de militantes do PT com policiais militares na noite de domingo (28), no Rio Vermelho, recebeu alta do Hospital Geral do Estado (HGE) na madrugada desta segunda-feira (29) e fará novos exames em um hospital privado.

De acordo com amigos de Janaína Barata, estudante da Universidade Federal da Bahia (Ufba), a vítima sofreu um corte na cabeça e foi submetida a exame de corpo de delito. Ela e uma testemunha prestaram depoimento a uma delegada que foi ao HGE para dar início às apurações sobre a denúncia de uso excessivo de força por parte dos PMs.

Testemunhas relataram ao bahia.ba que a mulher, aluna do curso de Bacharelado Interdisciplinar de Humanidades, tentou proteger um menor que teria sido agredido pelos policiais na ação e continuou sendo atingida mesmo após cair desmaiada. Os policiais também teriam se recusado a prestar socorro e sugeriram que os populares chamassem o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Segundo integrantes da militância do partido, advogados da sigla passaram parte da madrugada à procura do adolescente que teria sido levado na ação policial, mas não o encontraram em visita a diversas delegacias, inclusive à do “Adolescente Infrator”, em Brotas.

Uma mulher trans também foi detida no momento em que filmava a ação dos policiais, levada para a Central de Flagrantes e liberada na madrugada após fazer exame de corpo de delito.

Em nota, o governador Rui Costa condenou os atos de violência e “determinou ampla e rigorosa apuração” do caso pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Já a SSP disse que “diante das denúncias realizadas pelas redes sociais” reforçou o efetivo da 7ª Delegacia Territorial (Rio Vermelho) e montou “um esquema especial para colher depoimentos e emitir guias de corpo de delito para as pessoas que saíram agredidas” na ação policial.

A pasta justifica que a PM foi chamada para conter uma confusão entre apoiadores dos presidenciáveis Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), após a divulgação do resultadodas eleições.

Fonte:Bahia.ba

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