O uso das redes sociais, uma das principais características da comunicação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), bateu uma marca importante nos seus 100 primeiros dias. Ele ultrapassou a sua principal referência política, o presidente norte-americano Donald Trump, em volume de interações.

As informações são parte de um relatório da consultoria Bites, divulgado nesta quinta-feira (11/4). De acordo com o estudo, Bolsonaro tornou-se o o líder global mais influente na internet no quesito interação com usuários.

A base de seguidores do presidente cresceu 19,5% desde o dia da posse. O número passou de 22,7 milhões de seguidores para 27,1 milhões incluindo as principais redes sociais – Facebook, Twitter, Instagram e YouTube.

Desde quando assumiu o Palácio do Planalto, o presidente teve 215 milhões de curtidas em seus posts. No mesmo período, o presidente dos Estados Unidos teve 111 milhões, 48% menos que o pesselista.

Segundo dados contabilizados pela Bites, Bolsonaro publicou 1.634 posts desde que assumiu o cargo em 1º de janeiro em todas as redes. Com isso, ele está à frente de mandatários como Trump, Justin Trudeau (Canadá), Narendra Modi (índia) e Recep Erdogan (Turquia).

Na comparação com Trump, Bolsonaro publicou 6% mais no período, já que ele publicou 1.537 vezes. Na mesma linha do homônimo brasileiro, o americano também é adepto do uso das redes para fazer anúncios de medidas do governo e criticar opositores.

Apesar do elevado volume de interações, o levantamento mostra Bolsonaro como o quarto líder mais popular entre 12 analisados em total de curtidas e seguidores. Ele aparece com 27,1 milhões de fãs.

A frente de Bolsonaro estão o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, que possui 112,3 milhões de inscritos em suas redes, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com 96,3 milhões, e o presidente da Turquia, Recep Erdogan, com 27,9 milhões de seguidores.

“Com menos seguidores, Bolsonaro consegue quase o dobro de interações que Trump e Modi nas redes sociais”, destaca o relatório.

Contudo, segundo a Bites, na última semana o chefe do Palácio do Planalto teve menos “atração” no mundo digital. “A atração do presidente nas redes sociais caiu 47% em relação à média dos primeiros 100 dias de governo”, conclui o levantamento.

Entre as palavras mais consultadas no Google Brasil nos últimos 90 dias, o termo “Bolsonaro” foi responsável por 0,63% do tráfego. Seu nome foi a 20ª palavra mais consultada, a frente de marcas tradicionais como Americanas, Amazon e Twitter.

Fonte: Metrópoles