Fumantes têm mais tendência a desenvolver sintomas graves do coronavírus

Instituto Nacional de Câncer (Inca) aconselha brasileiros a largarem o hábito devido à pandemia.
Foto: Rayllanna Lima/bahia.ba
Foto: Rayllanna Lima/bahia.ba

 

Os fumantes têm maior tendência a desenvolver sintomas graves do novo coronavírus (Covid-19), segundo informou o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em nota.

A entidade recomendou que os brasileiros deixem o hábito devido à pandemia, tendo em vista que o tabagismo provoca inflamações e prejudica o sistema imunológico, aumentando o risco de infecções por vírus, bactérias e fungos.

Conforme menciona o instituto, os fumantes convivem, geralmente, com a capacidade pulmonar já reduzida. Por isso, são acometidos mais frequentemente por infecções como sinusite, traqueobronquite, pneumonia e tuberculose. “Podemos dizer que o tabagismo, por sua vez, é fator de risco para a Covid-19”, informou, no comunicado.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em média, um em cada seis infectados por Covid-19 apresenta o quadro grave da doença e tem dificuldade para respirar.

No Brasil, dos 800 óbitos informados pelo Ministério da Saúde até a tarde de quarta-feira (8), 655 tinham como causa a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

A SRAG é capaz de desencadear a disfunção de órgãos, exigindo internação do paciente, inclusive em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ainda segundo o boletim do ministério, 59,1% dos pacientes que faleceram por SRAG eram homens.

A taxa de tabagismo caiu 40% no país, entre 2006 e 2018. Apesar disso, enquanto 6,9% das mulheres declararam ainda manter o hábito em 2018, o índice entre homens chegava a 12,1%, conforme demonstrou relatório do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).

Dicas para abandonar o cigarro

No comunicado, o Inca também alertou para fato de os fumantes estarem ainda colocando a saúde em risco pelo simples gesto de levar a mão à boca sem higienizá-la adequadamente, o que facilita a infecção por Covid-19.

Comentando que os pulmões já funcionam melhor em um intervalo de 12 a 24 horas após o corte no hábito, o instituto listou orientações que podem ser seguidas para quem deseja parar de fumar:

1. Marque uma data ainda esta semana para deixar de fumar.
2. Enquanto não chega o dia que você marcou, reduza o número de cigarros diariamente, começando pelo adiamento do primeiro cigarro do dia. Não fume logo depois do café da manhã, do almoço, do lanche e do jantar. Essas medidas ajudam a diminuir o número de cigarros e vão preparando seu corpo para o dia da parada.
3. Um dia antes da data que marcou para deixar de fumar, quando for dormir, molhe com água todos os cigarros que sobraram no maço e jogue-os no lixo.
4. Não deixe nenhum cigarro para o dia seguinte porque, se tiver vontade de fumar e não tiver cigarros em casa, você terá mais sucesso, pois dificilmente você sairá devido ao risco da contaminação pelo coronavírus.
5. Se der vontade de fumar, lembre-se de que a vontade de fumar só dura cinco minutos. Para se distrair nesses cinco minutos: ligue a televisão, tome um banho, coma uma fruta, faça um exercício respiratório… Enfim, faça alguma atividade para esse tempo passar.
6. Lembre-se que essa vontade de fumar irá diminuir à medida que os dias forem passando. Tenha paciência

Fonte:Bahia.ba

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