Funcionários do Banco do Brasil paralisam atividades contra reestruturação
Ao bahia.ba, presidente do Sindicato dos Bancários informou que protesto em Salvador será iniciado às 7h.
Os funcionários do Banco do Brasil confirmaram uma paralisação de 24 horas nas atividades desta sexta-feira (29) contra as medidas de reestruturação anunciadas pela estatal. Em Salvador, um protesto será realizado às 7h, em frente à agência do bairro do Comércio. As demais agências estarão fechadas em todo o estado.
Em contato com o bahia.ba, o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, afirmou que o principal objetivo da manifestação é o de “denunciar o desmonte que o banco vem enfrentando”. Conforme a estatal, serão fechadas 361 unidades no Brasil, sendo 112 agências (26 na Bahia), com a demissão de 5 mil trabalhadores, sem perspectiva de novas contratações, e ainda a redução salarial de 10 mil funcionários dos caixas.
“Estamos também denunciando uma tentativa de venda de áreas estratégicas do banco, como é o caso da BB DTVM (BB Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários), que é uma empresa que atua com gestão de ativos é a maior empresa do ramo no nosso país. A BB DTVM corre risco de privatização e tem forte impacto nos resultados do Banco do Brasil”, afirmou.
O presidente do sindicato ainda defendeu o Banco do Brasil que é, de acordo com ele, “rentável, eficiente e atua com capitalidade”, chegando a “áreas [do país] em que bancos privados não querem ir”. “Boa parte dos lucros obtidos pela empresa são repassados ao Tesouro Nacional para que sejam destinados para a áreas importantes da União”, frisou.
Reestruturação
O anúncio feito pelo Banco do Brasil sobre a reestruturação que a estatal será submetida em 2021 gerou uma ameaça de demissão do presidente do BB, André Brandão, quatro meses após a posse. No início deste mês, conforme a CNN Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mudou de ideia após apelos do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Em conversa com o mandatário, os dois argumentaram que a demissão de Brandão poderia trazer impacto negativo no mercado ao demonstrar interferência política no banco, que possui o capital aberto.
Conforme a estatal, as medidas foram aprovadas para reduzir a estrutura organizacional do banco. A expectativa é que ao menos 5 mil funcionários possam aderir a uma das duas modalidades de desligamento incentivado voluntário.
Fonte: Bahia.ba