Procuradora da Operação Lava Jato pede desculpas a Lula por ironizar morte de Marisa
“Errei. E minha consciência me leva a fazer o correto”, publicou Jerusa Viecili
Por Juliana Almirante
A procuradora Jerusa Viecili escreveu um pedido de desculpas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), publicado ontem (27) no Twitter.
Integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, ela foi uma das citadas na reportagem do UOL, em conjunto com o The Intercept Brasil, que mostrou mensagens em que procuradores ironizaram a morte da esposa de Lula, Marisa Letícia, em 2017, além dos pedidos do ex-presidente para ir a enterros de familiares que morreram neste ano.
“Errei. E minha consciência me leva a fazer o correto: pedir desculpas à pessoa diretamente afetada, o ex-presidente Lula”, disse a procuradora, na publicação.
O perfil da procuradora não tem o selo de verificação do Twitter, mas as publicações de sua conta já foram compartilhadas por Deltan Dallagnol, o coordenador da força-tarefa no Paraná.
“Os procuradores da Lava Jato nunca negaram que há mensagens verdadeiras, exatamente porque foram efetivamente hackeados. Contudo, não é possível saber exatamente o quanto está correto, porque é impossível recordar de detalhes de 1 milhão de mensagens em 5 anos intensos”, complementou.
Apesar de reconhecer a veracidade da mensagem revelada, ela afirma que isso não valida todo o restante que já foi divulgado na série de reportagens publicadas pelo portal The Intercept a partir de diálogos vazados por uma fonte anônima.
“Lembrar de uma mensagem não autentica todo o conjunto. A existência de mensagens verdadeiras não afasta o fato de que as mensagens são fruto de crime e têm sido descontextualizadas ou deturpadas para fazer falsas acusações”, finalizou Jerusa.
Os procuradores da Lava Jato nunca negaram que há mensagens verdadeiras, exatamente porque foram efetivamente hackeados. Contudo, não é possível saber exatamente o quanto está correto, porque é impossível recordar de detalhes de 1 milhão de mensagens em 5 anos intensos.
Fonte: Metro 1