Veja sete dicas de como fazer a higiene íntima feminina adequada – Evite bactérias
A ginecologista Kelly Tavares, da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia), explica quais são os cuidados na hora da limpeza
Assim como a pele, o intestino e a boca, a vagina tem uma flora formada por bactérias e fungos que dão proteção natural à região porque mantém o pH da área – o nível de acidez. De acordo com a ginecologista Kelly Alessandra Tavares, uma boa higiene é capaz de manter essa flora com o nível correto de fungos e bactérias. Ela explica que todas as mulheres possuem uma secreção vaginal que é normal e bactérias que permitem que a flora fique adequada, limpar a região mais ou menos que o recomendado pode fazer com que o número de bactérias aumente, causando doenças como a candidíase. “A cândida é uma bactéria que existe naturalmente na região, mas quando aumenta muito seu índice, causa a doença”.
Como fazer a higiene íntima? A limpeza íntima deve ser feita com água corrente e sem friccionar a pele da vulva. É importante ter em mente que a única coisa que pode ajudar na limpeza da vagina são os dedos, usar esponjas ou panos para esfregar a região pode irritar e tirar a lubrificação natural – o que pode modificar o pH. Duchas também não devem ser usadas pelo mesmo motivo. Para secar, o ideal é usar uma toalha seca e macia. Em dias quentes, é importante fazer a higiene íntima de uma a três vezes ao dia. Nos dias frios, uma vez pode ser o suficiente.
Sabonete específico para a região íntima é indicado? Os sabonetes íntimos são os mais adequados para higienização, pois são produtos testados para serem usados na região íntima. Devem ser preferencialmente líquidos, com pH ácido, ou seja, entre 4,2 e 5,9, sem perfume, não-bactericida e com detergência suave, e produzir pouca espuma.
Sabonete normal pode causar problemas? Se a mulher não tiver acesso ao sabonete íntimo, pode utilizar sabonetes líquidos, com pH neutro e sem perfume. O sabonete comum em barra geralmente tem pH alcalino, diferentemente do pH ácido da vulva, e, por isso, pode provocar ressecamento e diminuição da acidez da pele da região, portanto não está indicado para higienização.
Lenços umedecidos podem ser usados para limpeza? Os lenços umedecidos só devem ser usados em situações emergenciais, não deve ser uma rotina. A médica explica que eles podem ser usados em casos onde não é possível fazer a higienização adequada. Caso o uso seja indispensável, é importante usar lenço sem perfume e tomar cuidado para a região não ficar úmida, já que umidade favorece a proliferação de bactérias.
Protetor diário é indicado? Com a flutuação hormonal, a secreção vaginal pode aumentar em alguns períodos do mês. Isso incomoda algumas mulheres que preferem usar o protetor diário. O ideal é que eles sejam evitados, mesmo os que são identificados como “respiráveis” porque abafam a região vaginal, o que incentiva a proliferação de bactérias.
Roupas e calcinhas justas podem trazer problemas? Roupas e calcinhas muito apertadas, de tecidos sintéticos como a renda, não permitem a “respiração” da pele, esse abafamento também aumenta a chance de aumento no número de bactérias. O melhor é usar calcinha de algodão, que é um tecido que permite ventilação. À noite, para dormir, o ideal é não usar nada, deixar a região livre.
Como deve ser a higiene no período menstrual? Neste período, a higienização deverá ser feita com maior frequência assim como a troca de absorventes. A indicação é que eles sejam trocados a cada 3 ou quatro horas no máximo, junto com uma rápida higienização para tirar os flocos de sangue da área, pois também são meio de cultura para bactérias. No caso do absorvente interno, a troca deve ser a cada 3 horas, no máximo. Além de favorecer bactérias, em mulheres com muito fluxo, ele pode inchar muito, o que dificulta a retirada.
Assim como a pele, o intestino e a boca, a vagina tem uma flora formada por bactérias e fungos que dão proteção natural à região porque mantém o pH da área – o nível de acidez. De acordo com a ginecologista Kelly Alessandra Tavares, uma boa higiene é capaz de manter essa flora com o nível correto de fungos e bactérias. Ela explica que todas as mulheres possuem uma secreção vaginal que é normal e bactérias que permitem que a flora fique adequada, limpar a região mais ou menos que o recomendado pode fazer com que o número de bactérias aumente, causando doenças como a candidíase. “A cândida é uma bactéria que existe naturalmente na região, mas quando aumenta muito seu índice, causa a doença”