Zambelli diz se arrepender de perseguição com arma em punho e se vê abandonada por Bolsonaro

Com maioria no STF para condená-la e cassá-la, deputada diz que esperava apoio de ex-presidente.
Foto: Michel Jesus/ Agência Câmara

 

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou estar arrependida do episódio em que perseguiu um homem com arma em punho na véspera da eleição de 2022 em São Paulo. “Devia ter entrado no carro e ido embora”, declarou ela em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

À publicação, ela disse que se vê abandonada por Jair Bolsonaro (PL), de quem era uma das principais aliadas, e discorda do ex-presidente, que credita a ela a derrota para Lula (PT) naquele pleito. “Não só eu como outras pessoas também perderam a amizade do presidente no momento que precisaram”, afirma.

“Estou num momento mais difícil politicamente falando. Nunca imaginei passar por uma situação dessa. Uma possível prisão, por um crime que não cometi. Considero isso uma perseguição política”, afirmou a deputada;

Na última semana, o STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para condená-la a 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto e à perda de mandato por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma. O julgamento está suspenso. Porta-voz de destaque do discurso bolsonarista contra urnas, ela ainda buscará reverter, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), uma condenação por desinformação.

Para representar a direita na eleição de 2026, Zambelli defendeu os nomes de Michelle e Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Após a entrevista, a deputada procurou a reportagem e disse ter mudado de ideia sobre a resposta, afirmando ser muito cedo para falar sobre um cenário ainda não definido.

Fonte: Jornal Folha de S. Paulo.

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