Plano de ajuda humanitária à Venezuela será mantido, diz porta-voz do governo
Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Venezuelanos compram comida na cidade de Pacaraima, em Roraima, antes do fechamento da fronteira
O porta-voz da Presidência da República Otávio do Rêgo Barros afirmou em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira, 21, transmitida na televisão pela NBR, que a segurança na faixa da fronteira com a Venezuela é “normal”. Segundo ele, não houve mudança de comportamento após o anúncio do presidente venezuelano Nicolás Maduro de que o acesso ao Brasil seria fechado a partir das 20h. “Caminhamos de forma alinhada com o governo de Roraima para dirimir qualquer problema”, afirmou. “A operação humanitária terá início no dia 23”. Mais cedo, o governador de RR, Antonio Denarium (PSL) disse que a fronteira terrestre entre Brasil e Venezuela havia sido fechada por tanques de tropas venezuelanas por volta das 15h20. O porta-voz afirmou, contudo, que a fronteira estava aberta, com fluxo normal. Rego Barros disse ainda que tropas brasileiras continuam em “operação de normalidade” e que a situação do país vizinho está sendo monitorada. ‘O planejamento do governo estabelece como linha limítrofe a própria fronteira’. ‘Não há outra solução’. O vice-presidente Hamilton Mourão, escalado pelo presidente Jair Bolsonaro para ir até Bogotá, na Colômbia, na próxima segunda-feira, 25, para representar o Brasil na reunião do Grupo de Lima e discutir os desdobramentos da crise, reforçou que o Brasil não tem intenção de entrar na Venezuela. “A ideia sempre foi e sempre será colocar suprimento na fronteira da Venezuela”, disse ele. ‘Nossa ação sempre será no sentido da não intervenção’. Mourão ainda falou sobre a possibilidade de corte de energia da Venezuela – “possível, mas não provável” – e ressaltou que “não há outra solução (para a crise) a não ser a saída de Maduro”. O chanceler Ernesto Araújo também confirmou viagem a Cúcuta para discutir a questão da ajuda humanitária à Venezuela.
Estadão