veja como votam os deputados da Bahia na Reforma da previdência

Alguns ainda não saíram de cima do muro. E o seu deputado? Já procurou saber? A gente te conta

[Reforma da previdência: como votam os deputados da Bahia?]
Foto : Luis Macedo/Agência Câmara

De acordo com as informação do Metro 1

Após 62 dias do envio da proposta da reforma da Previdência, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) conseguiu aprovar a matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal. O Planalto precisou ceder ao Centrão e retirar quatro pontos da proposta. No entanto, ainda há um longo caminho pela frente. Agora, foi criada uma comissão especial na Casa só para debater o assunto e, só depois, irá à plenário para votação pelos parlamentares.

Jornal da Metrópole procurou todos os 39 deputados federais baianos para questionar como cada um deles irá votar no tema. Apenas três entre os deputados se posicionaram a favor da reforma. Outros dois se colocaram parcialmente a favor. Quinze deputados são totalmente contra a medida. A reportagem não conseguiu localizar outros 13 parlamentares e cinco deles não responderam até a publicação. Entre os indecisos, Jonga  Bacelar(PR) ainda não tem posição e analisa a PEC.

Confira a lista:

Após pressão e acordo, texto da PEC sofre pelo menos quatro alterações

A comissão especial foi criada na quarta-feira (24), por determinação do presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ). Inicialmente, seriam 34 membros e 34 suplentes, mas o número subiu. O colegiado terá 49 membros e 49 suplentes – ao menos 21 deles do Centrão.

A proposta que chega à comissão já vai sem os quatro pontos alterados na CCJ: o que retira a obrigatoriedade de recolhimento de FGTS de aposentados; o que define Brasília como foro para qualquer tipo de ação judicial; o que retira da Constituição a definição de aposentadoria compulsória e o que deixa apenas com o Executivo qualquer alteração na Previdência.

Aliados do govero não demonstram confiança

O deputado federal Arthur Maia (DEM) faz parte da base aliada do governo, mas ainda não considera a proposta como “favorável” à população. “O que Paulo Guedes propõe é inseguro e não vejo a capacidade fiscal do sistema de bancar agora, porque a transição é cara”, declarou, em contato com o Jornal da Metrópole.

No atual molde da previdência, quem é contribuinte paga os benefícios dos aposentados. Na capitalização, cada contribuição serve como uma poupança para as futuras aposentadorias. “O rombo vai aumentar”, alerta o parlamentar democrata.

Ala governista faz defesa da reforma

Um dos parlamentares que se disseram a favor da proposta foi o Ronaldo Carletto (PP). Em contato com o Jornal da Metrópole, ele afirmou que o texto é de “suma importância” para a retomada do crescimento e geração de emprego, com garantia do equilíbrio das contas públicas. “Os únicos dois pontos que o deputado não é a favor são as questões do trabalhador rural e do benefício de Prestação Continuada (BPC). O restante do texto, o deputado é a favor”, afirmou a assessoria de Carletto à reportagem.

Oposição promete embate

Questionada pela reportagem, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) se declarou “totalmente contra” ao texto do governo. “A reforma é sustentada em dois pilares falsos. Está mais do que comprovado pela própria CPI sobre a Previdência que a seguridade que sustenta a Saúde e a Assistência Social”, afirmou a parlamentar à Metrópole. “Na verdade, a previdência é superavitária. Antes de se reformar, deveria-se ir atrás de devedores e recuperar o caixa da seguridade”, acrescentou.

 

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