Caso Marielle: pescador diz que foi contratado para jogar armas no mar

A operação teria ocorrido dias após a prisão do policial militar Ronnie Lessa, detido desde março acusado de matar a vereadora e o motorista

Renan Olaz/CMRJRENAN OLAZ/CMRJ
Durante depoimento à Delegacia de Homicídios (DH) no Rio de Janeiro, um pescador contou que um aliado do policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de assassinar a vereadora carioca Marielle Franco (PSol), contratou o seu barco e jogou no mar seis fuzis próximo às Ilhas Tijucas. As informações são do jornal O Globo.
A polícia suspeita que, entre as armas desovadas no mar, estava a submetralhadora HK MP5 usada para matar Marielle e o motorista Anderson Gomes. Com a ajuda da Marinha, o órgão realiza buscas no oceano desde o fim de março.

A operação teria ocorrido dias após a prisão de Lessa, em 12 de março deste ano, e teria contado com a participação de quatro pessoas: Márcio Montavano, o “Márcio Gordo”, suspeito de ter jogado as armas ao mar; a mulher de Lessa, Elaine de Figueiredo Lessa; o irmão dela, Bruno Figueiredo; e um homem chamado Josinaldo Freitas. Investigações mostram que “Márcio Gordo” teria retirado as armas de dois endereços ligados ao PM, alugado o barco e jogado tudo ao mar.

O trabalhador contou que foi procurado por um homem, que chegou de táxi dizendo que queria contratar uma embarcação para fazer pesca submarina perto das Ilhas Tijucas. O barco utilizado é de fibra de vidro, com cinco metros de extensão e motor de 40 HP.

A testemunha disse que o homem que o contratou aparentava ter 30 e 35 anos, era forte e tinha várias tatuagens nos braços. Carregava ainda uma caixa pesada de papelão e uma mala grande, onde o barqueiro acreditava ter guardado arpões e materiais de pesca. Ao chegar “no meio das Ilhas Tijucas”, o homem retirou de uma mala os fuzis, um deles com bandoleira; e de uma caixa de papelão outras caixas menores, nas cores amarela e azul, e jogou tudo ao mar.

O homem acertou a viagem por R$ 60, mas ficou com medo e não quis cobrar. Na volta, porém, sem dizer nada, o “tatuado” jogou R$ 300 na embarcação e foi embora.

Fonte: Metrópoles

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