Dino não será candidato ao Planalto e vai disputar o Senado pelo PS
PSB se reaproxima do PT e aguarda também a filiação de Marcelo Freixo, que deve ser o nome do partido ao governo do Rio de Janeiro.
A data do anúncio estava marcada para ocorrer no fim de maio. Dino, no entanto, pediu um pouco mais de mais tempo aos socialistas, com o objetivo de tentar levar mais nomes do PCdoB para o PSB e ainda esgotar a possibilidade de uma possível fusão partidária, com a criação de uma legenda.
Até o nome para o futuro partido já havia sido pensado: seria apenas Socialista. Essa possibilidade, no entanto, é considerada remota pelos integrantes do PSB, que não pretendem abandonar a marca.
Antes da volta de Lula, Dino era o nome do PCdoB para a corrida ao Planalto. Ao mesmo tempo, ele também admitia compor a coligação para eleger Lula caso essa possibilidade se colocasse.
Além disso, apontam que a ida de Dino para o PSB representa uma reaproximação do partido com o PT. A sigla deverá estar no bloco de apoio à candidatura de Lula ao Planalto em 2022.
Procurado pelo Metrópoles, Dino evitou falar sobre o assunto.
O PSB também aguarda para oficializar a filiação de Marcelo Freixo (PSol), com vistas a uma candidatura ao governo do Rio de Janeiro, apoiada por uma frente ampla, que tem em comum o objetivo de derrotar o presidente Jair Bolsonaro.
Dessa articulação, participam os deputados Alessandro Molon, que será candidato ao Senado, Rodrigo Maia (ainda no DEM-RJ, mas a caminho do PSD) e o prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD). Outro nome é o do atual presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, que deverá se filiar ao PSD.
A ideia é formar no Rio o primeiro modelo de frente ampla contra Bolsonaro. A proposta tem o apoio de Lula, que pretende se reunir com esses políticos ainda nesta semana na capital fluminense.
Além de Dino, outros quadros do PCdoB podem deixar a legenda para poderem disputar em 2022. A debandada do PCdoB ocorre porque a legenda não deverá conseguir cumprir a chamada cláusula de desempenho, aprovada em 2016.
A regra impõe que os partidos com menos de 2% dos votos nacionais na próxima eleição não tenham direito à representação partidária e não possam indicar titulares para as comissões no Congresso, além de perder recursos do fundo partidário e tempo de propaganda eleitoral. O PCdoB não atingiu a barreira em 2018.
O partido ainda contava com a possibilidade de se incluir na pauta da Câmara nesta semana o projeto de lei que cria as chamadas federações partidárias, o que não ocorreu.