Após Caso Naja, Polícia Civil apreende cobra “anaconda” no Entorno do DF

O Metrópoles apurou que, há 11 anos, um homem cria uma Píton, também conhecida como anaconda, que tem mais de 8 metros e 80 kg

Após Caso Naja, Polícia Civil apreende cobra “anaconda” em águas LindasHUGO BARRETO/METRÓPOLES
Policiais civis da 14ª DP (Gama) cumpriram, na manhã desta quinta-feira (13/8), mandado de busca e apreensão na chácara de um vigilante, em Águas Lindas (GO), no Entorno do Distrito Federal. O homem, identificado como Clemente Luz, é suspeito de criar e vender animais exóticos no DF e em Goiás. O Metrópoles apurou que, há 11 anos, ele cuida de uma Píton que ele criava achando se tratar de uma sucuri, também conhecida como Anaconda, que tem mais de 8 metros e 80 kg. O animal era alimentado com coelhos e circulava livremente pela propriedade e foi apreendido.Além da espécie, que é proibida, ele também cuida de animais peçonhentos. Alguns deles teriam sido adquiridos pelo estudante Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, 22 anos, picado por uma cobra Naja kaouthia criada clandestinamente em sua casa, no Guará. O rapaz foi indiciado nesta quinta-feira (13/8) pela Polícia Civil do DF, com outras 10 pessoas.

Outras serpentes vendidas pelo vigilante também foram apreendidas pela Polícia Civil com um morador de Vicente Pires. O homem foi flagrado pela Polícia Civil do DF (PCDF) com animais exóticos, entre eles, três tubarões. Ex-militar do Exército, Clemente Luz é aficcionado por animais exóticos e atua no ramo há mais de 20 anos.

O vigilante não estava em casa no momento da apreensão. Quem atendeu os agentes da PCDF foi a esposa de Clemente. Quatro cobras de pequeno porte foram colocadas em caixas e guardadas na viatura.

Pesada e comprida, a anaconda teve de esperar reforço policial para ser transportada.

Inquérito concluído
PCDF concluiu as investigações que apuram o suposto tráfico de animais exóticos no Distrito Federal. O inquérito conduzido pela 14ª DP tem como principal alvo o estudante de veterinária Pedro Krambeck.

Ele é suspeito de fazer parte de uma organização criminosa que trazia animais exóticos ilegalmente para o país. O jovem chegou a ser preso, mas solto após seus advogados conseguirem um habeas corpus.

Os detalhes do caso estão sendo relevados em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (13/8).

Segundo a PCDF, a partir dos elementos colhidos, foi possível verificar, pela grande quantidade de animais apreendidos, que “Pedro Henrique é traficante de animais silvestres e não mero colecionador”.

A afirmação é corroborada por mensagens de texto trocadas entre o jovem e a mãe dele. Em uma delas, o universitário passava pela cidade de Ibotirama (BA) e trazia consigo uma cobra. Ele também mantinha contatos de outros traficantes de animais.

A suspeita é que Pedro tenha conseguido trazer a Naja kaouthia que criava como animal de estimação para o Distrito Federal com uma licença irregular emitida por uma servidora do próprio Ibama, que foi afastada do cargo.

Na quarta-feira (12/8), a Naja e uma Víbora-verde que foram apreendidas no DF e estavam no Zoológico de Brasília chegaram ao Instituto Butantan, em São Paulo.

Fonte: Metrópoles

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