Após radares, mortes caem 21,7% em estradas federais
Governo Bolsonaro anunciou que os aparelhos serão retirados das estradas conforme seus contratos de operação terminem
Por Juliana Almirante
A redução média de mortes em rodovias federais foi de 21,7% nos trechos em que o dispositivo eletrônico foi colocado. Os dados constam em levantamento da Folha.
Também houve diminuição de 15% nos índices de acidentes após a instalação dos radares.
O presidente Jair Bolsonaro anunciou que os aparelhos serão retirados das estradas conforme seus contratos de operação terminem e que novos contratos não serão firmados.
Procurado pela Folha, o Ministério da Infraestrutura não fala em fim dos radares, mas em reavaliação.
Na quarta-feira (10), uma liminar judicial determinou que nenhum radar fosse retirado de rodovias federais. A decisão impõe que o governo aumente em 60 dias o prazo dos contratos que devem expirar nos próximos dias. Para a Justilça, não há dados técnicos que justifiquem o fim do serviço.
O cálculo sobre a eficácia dos equipamentos considerou os acidentes e mortes registrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) entre os anos de 2007 e 2018, nos quilômetros de estradas que até o fim do ano tinham radares.