Ataques dentro de mesquitas na Nova Zelândia matam mais de 40 pessoas

Três homens e uma mulher foram presos após ataques
(AFP)
Duas mesquitas em Christchurch, terceira maior cidade da Nova Zelândia, sofreram ataques a tiros nesta sexta-feira (15). Até o momento, 49 mortes foram confirmadas pelas autoridades locais. Mais 48 pessoas ficaram feridas. Na mesquita Linwood Masjid, que fica em um subúrbio de Christchurch, havia 300 pessoas no momento do ataque.

O massacre foi transmitido ao vivo pela internet. Testemunhas contam que um atirador usou um rifle automático para disparar contra as pessoas enquanto caminhava dentro do templo. Ele usava capacete, óculos e um casaco em estilo militar. Ele entrou no prédio dez minutos após o início das orações, que começaram às 13h30 (hora local).

Policiais cercam um dos locais dos ataques
(Foto: AFP)

Outro local atacado foi a mesquita Masjid Al Noor, que fica no centro da cidade. Um homem vestido de preto foi visto entrando na Masjid Al Noor por volta das 13h45, e logo depois várias rajadas de tiros foram ouvidas. Muitas pessoas correram para fora do local.

Três homens e uma mulher foram presos sob a suspeita de terem atacado as duas mesquita. Além dos ataques a tiros, a polícia de Christchurch desativou diversos explosivos encontrados em veículos.

Áreas onde ocorrem os ataques foram isoladas pela polícia
(Foto: AFP)

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Arden, afirmou que esta sexta “é um dos dias mais sombrios” da história do país. As autoridades locais pediram que as pessoas não saiam às ruas. “Esse tipo de violência não tem lugar na Nova Zelândia”. Ela definiu o ataque como “um ato de violência sem precedentes na Nova Zelândia”.

Todas as escolas de Christchurch foram fechadas. Cerca de 750 crianças e adolescentes foram afetados.

Líderes de vários países reagem aos ataques
A primeira-ministra britânica, Theresa May, descreveu a tragédia como um “ato repugnante de violência”. “Em nome do Reino Unido, minhas mais profundas condolências ao povo da Nova Zelândia depois do horripilante ataque terrorista em Christchurch”, disse May.

A chanceler alemã, Angela Merkel, condenou os ataques, segundo o porta-voz do governo, Steffen Seibert. “Eu lamento com os neozelandeses por seus compatriotas, que oravam pacificamente quando atacados em suas mesquitas e assassinados por ódio racista”, afirmou Merkel. “Estamos lado a lado contra esse terror.”

O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, condenou os ataques, dizendo que “o terrorismo não tem religião”. “Eu culpo esses crescentes ataques terroristas à atual islamofobia pós-11 de setembro, onde o Islã e 1,3 bilhão de muçulmanos foram coletivamente responsabilizados por qualquer ato de terror por um muçulmano”, disse.

A Comissão de Direitos Humanos da Nova Zelândia exortou as pessoas do país a “se unirem”. “A Nova Zelândia é um dos países com maior diversidade étnica do mundo e recebemos pessoas de todas as religiões e origens. Precisamos lembrar o poder da diversidade. Juntos, somos mais fortes.”

*Com informações da DW, agência pública de notícias da Alemanha

Fonte:correio

 

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