Bolsonaro diz que ‘dispensa’ votos de quem pratica violência contra opositores

Foto: Mauro Pimentel / AFP

Jair Bolsonaro

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou na noite desta quarta-feira, 10, que dispensa votos de quem pratica “violência” contra opositores. A declaração do candidato se dá em meio a casos de violência causados por desavenças políticas – no domingo, o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, conhecido como Moa do Katendê, foi assassinado a facadas em Salvador. O agressor admitiu que uma discussão política foi a motivação do crime e teve a prisão prisão preventiva decretada nesta quarta-feira. “Dispensamos voto e qualquer aproximação de quem pratica violência contra eleitores que não votam em mim. A este tipo de gente peço que vote nulo ou na oposição por coerência, e que as autoridades tomem as medidas cabíveis, assim como contra caluniadores que tentam nos prejudicar”, escreveu Bolsonaro no Twitter. Em uma segunda postagem na rede social, Bolsonaro isse haver um “movimento orquestrado forjando agressões” para o prejudicar e ligando sua campanha ao “nazismo”. Mais cedo, Bolsonaro havia dito que sua fala sobre os casos de violência havia sido tirada do contexto. “Esqueceram que quem levou uma facada por motivações políticas fui eu. Essa desinformação está a serviço de quem?”, afirmou o candidato nesta quarta-feira, 10, nas redes sociais. Bolsonaro afirmou na terça-feira que “não tem controle” sobre seus simpatizantes e que não tinha relação com episódios de violência. Na terça-feira, durante uma entrevista no Rio, um repórter questionou Bolsonaro com a seguinte pergunta: “Como o senhor vê esses atos de violência que têm sido cometidos em nome ou apoio do senhor?” O candidato respondeu: “A pergunta deveria ser invertida. Quem levou a facada fui eu. Se um cara lá que tem uma camisa minha comete um excesso, o que tem a ver comigo? Eu lamento, e peço ao pessoal que não pratique isso, mas eu não tenho controle. A violência e a intolerância vêm do outro lado e eu sou a prova disso”, afirmou.

Fonte:Estadão

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