Com 16 ações no Tribunal Superior Eleitoral: Bolsonaro estuda ficar nos EUA por mais tempo com receio de cerco de Moraes

Só no Tribunal Superior Eleitoral, Bolsonaro responde a 16 ações.

Foto: reprodução GloboNwes

 

Temendo o cerco legal que se forma devido à incitação do golpismo que desaguou no vandalismo contra as sedes dos três Poderes no dia 8, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estuda opções para ficar por mais tempo nos Estados Unidos.

Um grupo de empresários de São Paulo simpáticos ao ex-presidente montou um plano inicial para custear a estadia do político no país, para onde ele viajou no dia 30 de dezembro, visando evitar participar da transmissão da faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 1º de janeiro.

Foram acertadas com empresários americanos seis palestras sobre política, cada uma pagando US$ 10 mil (quase R$ 51 mil no câmbio de hoje). Bolsonaro, segundo uma pessoa com conhecimento do assunto, se comprometeu a proferir pelo menos uma delas.

A questão central, segundo aliados do ex-mandatário, é financeira. Há uma opacidade extrema acerca das condições da presença de Bolsonaro numa casa pertencente ao lutador de MMA José Aldo em Kissimmee, região de Orlando, na Flórida.

Com isso, os custos de uma estadia mais prolongada podem se tornar proibitivos, particularmente se forem expostas as fontes de financiamento. Uma diária no imóvel de Aldo custa o equivalente a R$ 2.600. Bolsonaro tem agora um salário de R$ 45 mil como ex-deputado e militar reformado.

Só no Tribunal Superior Eleitoral, Bolsonaro responde a 16 ações. Lá, Bolsonaro e seu companheiro de chapa Walter Braga Netto (PL) podem acabar declarados inelegíveis.

Já uma acusação criminal de fomentar um golpe de Estado, ainda que robustecida com a minuta nesse sentido encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres (Justiça), não é de comprovação tão fácil, na avaliação de ministros do Supremo. Bolsonaro está sendo investigado por isso também.

Tudo isso pesa na decisão do ex-presidente acerca do que fazer, segundo os aliados. Apesar dos riscos legais, membros do PL têm dito que Bolsonaro precisa voltar logo ao Brasil, sob pena de ver o apoio que lhe deu 49,1% dos votos válidos no segundo turno esvair-se ou, pior, migrar.

Fonte: Bahia.ba

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