Cuidado com a bolsa pesada! Médico dá dicas para evitar lesões

Alça mais fina, por exemplo, pode incentivar o usuário a trocar o peso de ombro, diminuindo problemas a longo prazo

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Um problema recorrente para a maioria das mulheres e alguns homens que precisam carregar peso todos os dias são as dores nas costas. O volume extra de objetos (que é ainda maior para quem fica o dia inteiro na rua e precisa levar não só o básico, mas a bolsinha com os itens de higiene, de maquiagem, o carregador de celular e até o tênis de academia) costuma ser mal colocado sobre os ombros e, a longo prazo, pode causar problemas na coluna como bico de papagaio, má postura e desalinhamento das vértebras.

Como o peso faz parte da vida e nem sempre pode ser eliminado da rotina, existem algumas dicas para diminuir o risco de problemas. O neurocirurgião e especialista em problemas na coluna vertebral Cezar Augusto Alves de Oliveira explica que trocar o peso entre os ombros direito e esquerdo, por exemplo, ajuda. “É melhor carregar o peso com as mãos, porque a pessoa acaba cansando e trocando de mão sem perceber. Para jovens e adolescentes, o ideal é uma mochila de duas alças largas com uma tira abdominal, que divide melhor a carga”, diz.

O médico conta ainda que, apesar de as bolsas com alças mais largas oferecerem melhor estabilidade e mais conforto, existem estudos que sugerem as bolsas de tiras mais finas como a melhor opção para evitar lesões a longo prazo. “A pessoa acaba trocando de ombro pelo incômodo, dividindo o peso”, ensina Cezar.

O especialista acrescenta que quando há uma lesão na coluna por conta do peso da bolsa ou da mochila, a dor aparece no momento em que se faz um movimento brusco ou em outra atividade corriqueira do dia a dia. Nesses casos, onde já há um desgaste, o que se pode fazer é retardar a velocidade de evolução do machucado. “São lesões degenerativas. O tratamento é apostar em atividades físicas e na reeducação postural com o auxílio de um fisioterapeuta. Em último caso, optamos pela cirurgia. O que nos interessa é uma qualidade de vida melhor para o paciente”, completa.

Fonte: Metrópoles

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