Depilação a laser, é seguro fazer em casa? Dermatologista explica
Aparelhos portáteis são práticos e têm bom custo benefício, mas instruções de uso devem ser seguidas para evitar lesões na pele
Os aparelhos para uso doméstico são, geralmente, de luz intensa pulsada (IPL), uma tecnologia mais leve e com menor intensidade, que provoca o enfraquecimento do folículo do pelo, ao contrário das tecnologias mais modernas – com lasers do tipo Diodo, NdYAG e Alexandrite – que destroem o folículo e garantem a depilação com mais durabilidade.
Justamente por ter um laser mais fraco, é necessário fazer mais sessões para conseguir o resultado que seria alcançado em uma clínica de estética, com um aparelho de maior potência. A médica destaca que não adianta fazer vários disparos consecutivos do laser no mesmo local, uma vez que a redução do pelo acontece gradativamente, após várias sessões.
“Tem que se respeitar o intervalo recomendado nas instruções de cada aparelho e aguardar porque o pelo vai cair depois”, explica. Caso contrário, a risco de o usuário ficar com a pele manchada ou queimada.
Cuidados com a pele
A depilação a laser pode ser feita o ano todo, mas o inverno é o período mais indicado porque sofremos menor exposição solar e a pele tende a estar menos bronzeada. Isso diminui a chance de queimaduras porque, em algumas tecnologias, a luz é atraída pelo pigmento da pele.
Pelo mesmo motivo, o fototipo da pele também é um fator que deve ser levado em consideração. De acordo com a dermatologista, a pele preta corre maior risco de sofrer efeitos colaterais do que a pele mais clara quando o procedimento é feito sem o acompanhamento de um profissional.
A dermatologista lembra que no consultório é possível altera alguns parâmetros para adequar a cor do pelo, a espessura e a cor da pele da paciente.
“Existem lasers que têm maior afinidade com o pigmento e outros menos. Alguns penetram mais profundamente e outros são mais superficiais. Por isso, nós, dermatologistas, gostamos de avaliar o paciente para indicar qual tecnologia deve ser utilizada”, afirma a médica.
O procedimento não deve ser feito se a pessoa estiver em tratamento com medicamentos fotossensibilizantes, que deixem a pele sensível à luz.
Escolha do aparelho
Na hora de escolher um depilador a laser para comprar, é importante verificar se ele tem o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou do órgão do país de origem para ter a garantia de que ele é fabricado dentro de normas de segurança.
Luanna Portela esclarece que a Academia Americana de Dermatologia (AAD) ainda não definiu parâmetros para a potência da luz intensa pulsada para cada tipo de pele. No entanto, a depilação é “considerada um método relativamente seguro para ser feito em casa”.
Fonte: Metrópoles